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2017-02-09 às 18h04

Portugal e Brasil têm de aproveitar o que os une na defesa

Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, na abertura do I Diálogo entre as Indústrias de Defesa de Portugal e do Brasil, Porto, 9 fevereiro 2017

O Ministro da Defesa Nacional afirmou que as indústrias da defesa são uma opção de estratégia «absolutamente fundamental» e que Portugal e Brasil têm de aproveitar o que os une nesta área.

No I Diálogo entre as Indústrias de Defesa de Portugal e do Brasil, no Porto, José Alberto Azeredo Lopes, referiu que existe um consenso na União Europeia sobre a importância das indústrias da defesa de duplo uso e destacou que a nova estratégia global projeta pela primeira vez «a organização para a esfera da Defesa e da indústria da Defesa».

As indústrias da defesa de duplo uso assentam «numa ideia muito positiva», que pode juntar o têxtil com a nanotecnologia e trazer consigo um investimento que obriga a ser excelente e competitivo.

O Ministro realçou a cooperação que Portugal e Brasil têm desenvolvido através da empresa de aeronáutica brasileira Embraer, que tem filiais em Évora, na sequência do acordo assinado em 2010, e participação na OGMA.

«Os dois países demonstraram que, também através do tecido criativo, conseguiam falar para além das palavras de circunstância. Conseguiam criar riqueza, conseguiram criar um modelo de aeronave que pede meças em relação aqueles que tradicionalmente eram considerados como de ponta ou sofisticados», disse Azeredo Lopes.

Ligações luso-brasileiras

O Ministro da Defesa Nacional referiu a importância das ligações históricas entre Portugal e Brasil: «Partilhamos a cultura, a língua. Somos democracias. Partilhamos a história. Seria criminoso deixarmos isto de lado mais uma vez».

Azeredo Lopes referiu que, juntos, os dois países podem «transformar este espaço [território português] num espaço de investimento e de plataforma como há poucos por essa Europa fora», destacando que Portugal é «atrativo por várias razões».

«O mercado brasileiro é muito grande mas nenhum país, nem mesmo o Brasil, pode viver em autarcia, pode deixar de olhar para o lado e de estabelecer parcerias, pode recusar a oportunidade de num determinado país poder encontrar fontes de financiamento quer a fundo perdido, quer em condições favoráveis», acrescentou.