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2017-01-26 às 12h16

Mário Ruivo «foi dos primeiros a colocar o mar no centro do pensamento estratégico sobre o País»

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, lamenta a morte de Mário Ruivo.

Num comunicado, o Ministro sublinha que Mário Ruivo «nunca deixou de pensar o País e de dar o melhor de si aos outros e a Portugal».

«Mário Ruivo teve sempre uma leitura interdisciplinar e foi dos primeiros, em Portugal, a colocar o mar no centro do pensamento estratégico sobre o País», refere o mesmo documento.

Biólogo formado pela Universidade de Lisboa, Mário Ruivo especializou-se em Oceanografia Biológica e Gestão dos Recursos Vivos na Universidade de Paris.

Considerado um cientista e político pioneiro na defesa dos oceanos e no lançamento das temáticas ambientais em Portugal, Mário Ruivo esteve ainda ligado a movimentos antifascistas até abril de 1974.

Mário Ruivo liderou o Comité para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco.

Entre 1995 e 1998, Mário Ruivo foi coordenador da comissão mundial independente para os oceanos e conselheiro científico da Expo''98.

Mário Ruivo foi ainda Ministro dos Negócios Estrangeiros (1974-1975), Secretário de Estado das Pescas, diretor-geral dos Recursos Aquáticos e Ambiente do Ministério da Agricultura e Pescas (1975-1979) e presidente da Comissão Nacional para o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (1974-1979).

Mário Ruivo recebeu várias distinções, como a Grã-Cruz da Ordem Nacional de Mérito Científico (Brasil), a Grã-Cruz da Ordem de Mérito (Portugal), a Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada (Portugal), a Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (Portugal), a Ordem de Mérito Nacional (Malta) e a Cavaleiro da Legião de Honra (França).