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2017-01-08 às 16h04

Portugal acolheu muitos indianos e «receberá de braços abertos» os que queiram investir, trabalhar ou viver

Primeiro-Ministro António Costa e Primeiro-Ministro da Índia, Narenda Modi, fazem um minuto de silêncio em memória de Mário Soares na abertura da convenção mundial da diáspora indiana, Bangalore

«Posso assegurar-vos que Portugal é um país que receberá de braços abertos caso entendam ali investir, trabalhar ou viver», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa no seu discurso na sessão de abertura da convenção mundial da diáspora indiana, que reuniu milhares de representantes das comunidades indianas expatriadas, em Bangalore, capital do Estado de Carnataca.

O Primeiro-Ministro acrescentou que «Portugal tem uma longa tradição de abertura ao investimento direto estrangeiro e o Governo português está em permanente ação para criar um melhor ambiente de negócios, colocando o investimento no centro da sua estratégia».

«Portugal tem uma localização geográfica chave para acesso aos principais mercados mundiais», com «o mesmo fuso horário da Irlanda e Reino Unido e com Lisboa a possuir voos diretos para 121 cidades», afirmou ainda António Costa.

E «Portugal ocupa lugares cimeiros nas tabelas sobre qualidade das suas infraestruturas, nas telecomunicações, tem uma mão-de-obra flexível e produtiva. Possui um regime fiscal especial para não residentes e uma população com conhecimentos para falar línguas estrangeiras», disse ainda.

Indianos integrados em Portugal

O Primeiro-Ministro disse que Portugal acolheu imigrantes indianos, muitos do quais «têm sucesso nas áreas dos negócios, ou na liderança de Câmaras Municipais ou enquanto deputados da Assembleia da República», sendo um país no qual existe uma cultura de tolerância religiosa.

Dirigindo-se diretamente aos participantes, muitos dos quais empresários, o Primeiro-Ministro afirmou esperar «que esta dinâmica da diáspora indiana contribua para estreitar os laços entre Portugal e Índia, favorecendo o desenvolvimento das duas nações».

António Costa referiu que é o primeiro chefe de Governo de origem indiana de um Estado-membro da União Europeia, recordando o seu pai, Orlando Costa, que saiu da Índia para permanecer em Portugal, «mas nunca esqueceu as suas raízes em Goa».

Após a sessão, o Primeiro-Ministro acompanhado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, visitou os stands da convenção.

O Primeiro-Ministro visitou ainda a Unidade de Integração e Testes de Satélites da Organização de Investigação Espacial da Índia, um dos mais importantes centros mundiais de investigação e de fabricação de satélites.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa e Primeiro-Ministro da Índia, Narenda Modi, fazem um minuto de silêncio em memória de Mário Soares na abertura da convenção mundial da diáspora indiana, Bangalore, 8 janeiro 2017 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)