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Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2016-12-06 às 11h23

Ministro sublinha melhoria contínua da educação em Portugal

Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues

O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, realçou «a melhoria contínua, de 2000 a 2015, nas áreas da literacia científica, matemática e leitura, entre os jovens de 15 anos que frequentam o sistema educativo», na apresentação do PISA 2015, em Sintra.

«O nosso sistema educativo tem vindo a melhorar nas últimas décadas», acrescentou o Ministro, lembrando que, «desde a 1.ª edição, em 2000, o PISA elogia Portugal pela evolução consistente». PISA é a sigla inglesa do Programa para a Avaliação Internacional de Estudantes, um programa da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).

«Este relatório evidencia bem como há um caminho que se fez de aprofundamento e de continuidade na qualidade da oferta do sistema educativo», sublinhou Tiago Brandão Rodrigues.

Melhores resultados, menores desigualdades

«Gostaria de frisar a evolução progressiva dos resultados médios em todas as áreas dos jovens portugueses, de 2000 a 2015, e também o facto de esta estar associada a um alargamento da escolaridade», afirmou ainda o Ministro.

Portugal «foi dos poucos países que melhoraram os resultados sem aumentar as desigualdades», disse Tiago Brandão Rodrigues acrescentando: «Os melhores alunos sabem hoje mais do que em 2000, mas os alunos com maiores dificuldades também».

«Tal como na generalidade dos países da OCDE, as escolas públicas apresentam melhores desempenhos médios do que os estabelecimentos de ensino privado e cooperativo» referiu o Ministro.

Elevada taxa de retenção

Contudo, «há indicadores que nos preocupam», nomeadamente, «em Portugal, mais de 30% dos jovens com 15 anos já apresentam uma retenção» e «ainda demasiados deles apresentam mais do que uma retenção», afirmou o Ministro.

«Estamos, infelizmente, numa montra em que não queremos estar: a dos 3 países da OCDE que apresentam maior taxa de retenção, quase triplicando a taxa média da OCDE, que ronda os 13%», acrescentou Tiago Brandão Rodrigues.

O Ministro referiu que é preciso maior «esforço pedagógico e letivo adicional para combater as taxas de retenção e assegurar que a meta de 10% de redução do abandono escolar precoce é atingida em 2020», com metade das taxas de retenção de hoje.

Retenção é maior em estudantes pobres ou imigrantes

«Portugal está entre os países cujas retenções estão mais associadas ao contexto socioeconómico dos estudantes. O mesmo ocorre com os alunos imigrantes ou filhos de imigrantes», afirmou ainda Tiago Brandão Rodrigues.

O Ministro referiu algumas medidas que o Governo está a tomar para promover a coesão social e a competitividade económica, na linha das recomendações do PISA:

  • Garantia de uma escola de qualidade para todos em todo o território nacional.
  • Aposta na inovação pedagógica, nomeadamente reforçando o ensino experimental.
  • Apoio às escolas através de múltiplos métodos de avaliação.
  • Reforço da autonomia das escolas, mas com monitorização nacional.
  • Consolidação da formação dos professores e diretores.
  • Criação de programas específicos de apoio aos estudantes com maiores dificuldades, evitando a retenção.
  • Adiamento da segmentação dos estudantes entre vias de ensino.
  • Garantia de uma educação pré-escolar de qualidade para todos.
  • Promoção de apoios suplementares às escolas em contextos mais desfavorecidos.

PIAAC vai voltar

Tiago Brandão Rodrigues anunciou ainda «que Portugal está de regresso ao PIAAC, tão importante para avaliar as competências dos adultos quanto o PISA é na avaliação dos jovens. Portugal participou na 1.ª ronda do PIAAC, de 2008 a 2012 e, infelizmente, abandonamos a 2.ª ronda, logo no seu início».

Portugal fará «parte da 3.ª ronda do PIAAC, que agora se inicia, e que será um instrumento precioso para monitorizar a evolução na qualificação de adultos». PIAAC é a sigla inglasa de Programa de de Avaliação Internacional das Competências de Adultos, também no âmbito da PCDE.

«Qualificar os adultos é verdadeiramente fundamental para este Governo e, justamente por isso, integra o primeiro dos eixos do Programa Nacional de Reformas, justamente o relativo à Qualificação dos Portugueses», disse ainda.