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2016-12-02 às 21h13

Segurança e liberdade de navegação são prioritárias para o desenvolvimento do Golfo da Guiné

O Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, afirmou que a segurança e liberdade de navegação no Golfo da Guiné deverá ser uma prioridade para garantir o desenvolvimento da região.

Estas declarações foram feitas no encerramento da presidência portuguesa do Grupo de Amigos do Golfo da Guiné (G7++), na Cidade da Praia, em Cabo Verde.

«A complexidade geoestratégica, geopolítica e geoeconómica que envolve o Golfo da Guiné implica o contínuo envolvimento efetivo de todos para por cobro a práticas criminosas», disse o Ministro.

Azeredo Lopes acrescentou que estas práticas criminosas «minam o desenvolvimento socioeconómico, degradam o ambiente e os recursos naturais, impedem as atividades de investigação científica no mar e alimentam o ambiente de insegurança, no contexto do qual grassam os movimentos terroristas».

O Ministro lembrou também que esta região continua a ser um alvo das ações de pirataria e assaltos armados no mar.

Cooperação técnico-militar

Azeredo Lopes acrescentou que «Portugal continuará a mobilizar o apoio ao processo de Yaoundé entre as organizações internacionais e os Estados ribeirinhos da região».

Elogiando o trabalho realizado por Portugal durante este ano de presidência do G7++, o Ministro referiu que «a nossa já longa cooperação técnico-militar e jurídica com os países africanos de língua portuguesa da região, que abrange o desenvolvimento de capacidades de vigilância marítima, mas também a formação de recursos humanos e a capacitação institucional, recomendavam especialmente o nosso país para esta tarefa».

Azeredo Lopes recordou ainda «os esforços que, no plano bilateral, têm sido levados a cabo por Portugal para promover a segurança na região», como os acordos de cooperação bilateral com Angola e Guiné-Bissau para a capacitação das suas Marinhas, ou os acordos com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe para a capacitação das suas Guardas Costeiras.

Portugal foi o primeiro país não membro do G7 a receber a presidência do G7++ no início de 2016.

O G7++ é uma organização informal que reúne vários Estados e organizações internacionais e regionais que, no âmbito do G7, pretendem promover a cooperação entre os seus Estados-membros, designadamente no domínio da segurança marítima na região.

São membros do G7++ a Alemanha, o Canadá, os Estados Unidos da América, a Itália, o Japão, o Reino Unido, a França, a Bélgica, o Brasil (observador), a Coreia do Sul, a Dinamarca, a Espanha, a Noruega, os Países Baixos, Portugal, a Suíça, a União Europeia, o escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e a Interpol.