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2016-11-18 às 13h27

Primeiro-Ministro destaca importância de acordo entre empresa e trabalhadores para criar 150 empregos em Aveiro

Primeiro-Ministro António Costa com os responsáveis a os trabalhadores da fábrica da Renault, Aveiro, 18 novembro 2016

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o anúncio do investimento de 100 milhões na fábrica de automóveis da Renault de Aveiro, que vai criar 150 novos empregos, resultou de um acordo entre a administração do grupo e a comissão de trabalhadores, com apoio do Governo.

O Primeiro-Ministro salientou que, para que a Renault fizesse este investimento de modernização para produzir novas caixas de velocidades, foi fundamental o acordo alcançado entre a administração do fabricante francês e a comissão de trabalhadores da fábrica, felicitando ambos.

O acordo tem um período de vigor de quatro anos, o que «garante condições de estabilidade e segurança para quem quer investir, e também confiança e segurança para quem trabalha».

«Não há nada pior para a produtividade de uma empresa do que a instabilidade e a precariedade de quem trabalha. Só quem tem confiança na empresa em que trabalha veste a camisola e sente a empresa como sua», sublinhou.

O presidente executivo do grupo Renault, José-Vicente de los Mozos, agradeceu o papel desempenhado pelo Governo para que fosse possível chegar a um acordo de longo prazo com os representantes dos trabalhadores, que garante a estabilidade da empresa e que foi decisivo para conquistar o investimento, dentro do universo Renault.

De los Mozos referiu que a produtividade e qualidade da fábrica de Aveiro foi a razão da sua escolha, dentre as unidades do grupo, para o investimento na produção de uma nova geração de caixas de velocidades.

Boas notícias

O Primeiro-Ministro afirmou que «numa semana com tão boas notícias, a melhor é mesmo esta, porque confirma que temos estado a fazer bem e temos de continuar a trabalhar para fazer melhor».

António Costa recordou as boas notícias: «O crescimento da economia portuguesa acelerou. A Comissão Europeia aprovou o Orçamento do Estado para 2017 e pôs fim ao processo de sanções e anunciou ainda a nossa próxima saída do procedimento de défice excessivo».

O Primeiro-Ministro reafirmou o compromisso do Governo «de continuar a desenvolver políticas públicas que favorecem o crescimento da economia, que investem na educação e na formação ao longo da vida, na ciência e na inovação, como fundamentais para a sociedade do conhecimento».

A visita do Primeiro-Ministro à fábrica de Cacia, Aveiro, foi o início da «Agenda mais crescimento», que nos próximos meses o levará a empresas que se destacam pela inovação dos seus projetos de investimento.

Exportação

A fábrica vai produzir a nova geração de caixas de velocidades, assegurando a laboração durante vários anos e acrescentando 150 postos de trabalho, parte significativa dos quais engenheiros, aos 1200 já existentes. O investimento de 100 milhões de euros será feito ao longo dos próximos três anos.

A produção das caixas de velocidade de nova geração destina-se sobretudo à exportação e vai fornecer as fábricas da multinacional francesa espalhadas pelo mundo.

A Renault Cacia foi, este ano, duas vezes distinguida pela excelência da sua produção e é uma das maiores exportadoras nacionais, fornecendo componentes para muitos dos modelos da Aliança Renault-Nissan.

Em 2015, a fábrica, que é uma das 15 maiores empresas exportadoras do País, teve um volume de negócios de 280 milhões de euros (um crescimento de 7% face ao ano anterior), sendo a produção destinada na totalidade à exportação.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa com os responsáveis a os trabalhadores da fábrica da Renault, Aveiro, 18 novembro 2016