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2016-11-18 às 16h08

Ministro Adjunto sublinha contributo positivo dos imigrantes para o relançamento da economia

«Todos os estudos internacionais apontam para um contributo positivo dos imigrantes, nomeadamente no plano económico», afirmou o Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, em declarações aos jornalistas, após a apresentação do relatório estatístico anual «Indicadores de integração de imigrantes», do Observatório das Migrações, em Lisboa.

O Relatório refere que, em 2014, o saldo migratório português foi negativo em 30 mil pessoas, tendência que se mantém desde 2011: «Estes dados espelham os tempos da crise, provando como o ajuste económico profundo que recaiu sobre os portugueses se refletiu também na inversão da tendência de um saldo migratório positivo», disse Eduardo Cabrita.

«Porém, os indicadores mais recentes apontam para o atenuar dessa tendência de saldo negativo entre quem sai e quem entra no País», ressalvou o Ministro, afirmando: «Aquilo que é decisivo é perceber que o afluxo de imigrantes é necessário para o relançamento da economia portuguesa».

Eduardo Cabrita referiu também que «uma das formas de contribuir para ultrapassar o desafio demográfico é, de facto, com imigração, porque os migrantes são, em regra, jovens em idade ativa, que têm um contributo positivo, quer para a agilização da economia, quer para o financiamento da segurança social».

O Relatório refere que os imigrantes em Portugal são mais jovens e têm mais filhos do que os portugueses, mas ganham menos e têm menor desempenho escolar: «O Governo está a trabalhar esses fenómenos discriminatórios com o Conselho Económico e Social e o problema do reconhecimento de qualificações académicas dos imigrantes tem vindo a ser resolvido», disse o Ministro.

Portugal é um país aberto

«Tenho muito orgulho de poder dizer, quando vou a uma reunião internacional, que somos um de poucos Governos que, quando vai ao Parlamento, não tem nenhum deputado a fazer um discurso xenófobo, contra o acolhimento de refugiados e de imigrantes», acrescentou o Ministro.

Eduardo Cabrita sublinhou que «essa é uma marca de convergência nacional que queremos continuar a afirmar, numa Europa em que não queremos que reapareçam novos muros».