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2016-10-25 às 15h16

Portugal tem de manter capacidade militar para proteger e resgatar cidadãos no estrangeiro

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, no exercício militar Lusitania 2016, Beja, 25 outubro 2016 (Foto: Nuno Veiga/Lusa)
Exercício militar Lusitano 2016

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que Portugal tem de manter a capacidade militar para garantir a segurança e a proteção de portugueses no estrangeiro e o seu regresso ao País em caso de necessidade.

«Um país como Portugal, que tem interesses muito diversificados em muitas regiões do mundo e uma diáspora muito significativa espalhada pelo mundo, não pode nunca perder a capacidade de, onde quer que esteja um português ou uma empresa portuguesa, poder desenvolver as capacidades e os meios necessários para assegurar a sua segurança, a sua proteção e o seu regresso são e salvos ao território nacional», disse.

O Primeiro-Ministro fez esta declaração na Base Aérea n.º 11, em Beja, depois de ter assistido, acompanhado pelo Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, a uma demonstração do exercício militar Lusitano 2016.

Funções essenciais das Forças Armadas

O exercício «exemplifica bem mais uma das capacidades e das funções essenciais que as Forças Armadas desempenham ao serviço da nação, não só a de garantir a soberania nacional, mas também a de proteção dos interesses fundamentais do Estado Português, a de segurança dos portugueses onde quer que eles se encontrem, e a capacidade que temos de ter de projetar as forças para assegurar esses objetivos».

O exercício Lusitano 2016 «representa uma situação que pode ser real e em que é necessário projetar forças para outro território» para resgatar portugueses, cidadãos europeus e empregados de empresas portuguesas, em condições de segurança, «dando-lhes, primeiro, cuidados de assistência médica e permitindo-lhes regressar a Portugal ou a outro local seguro».

António Costa recordou que esta é «infelizmente, uma missão que, já no passado, as Forças Armadas Portuguesas tiveram que desenvolver», e fizeram-no «com grande sucesso».

Este exercício «demonstra bem como as Forças Armadas e os serviços de segurança podem e são capazes de atuar conjuntamente para responder às necessidades de cumprimento das missões que são definidas».

O Primeiro-Ministro felicitou os militares envolvidos no exercício e desejou que a sua missão, se alguma vez for real, «possa ser completada com o maior sucesso, o menor número de baixas possível e a maior taxa de recuperação de compatriotas, cidadãos europeus e funcionários de empresas portuguesas, que vão resgatar e trazer em segurança».

Exercício envolve 1300 militares

A edição de 2016 do exercício Lusitano, que as Forças Armadas realizam anualmente, está a decorrer até dia 28 deste mês em vários locais de Portugal, envolvendo cerca de 1300 militares.

O exercício, da responsabilidade do Estado-Maior-General das Forças Armadas, visa o treino operacional conjunto dos três ramos militares no planeamento e na execução de operações simultâneas de evacuação de não combatentes, de resposta a crises e de apoio à proteção civil, dentro e fora do território nacional.

Participam neste exercício duas fragatas, uma corveta, um navio abastecedor, um navio patrulha oceânico, um helicóptero Lynx, duas companhias de fuzileiros, destacamentos de mergulhadores-sapadores e de acções especiais, o comando do batalhão e duas companhias de paraquedistas, uma companhia de atiradores, um destacamento de operações especiais, um avião C-130, um C-295 e dois caças F-16.

Participam ainda o Comando Conjunto de operações militares, os comandos operacionais dos Açores e da Madeira, das operações especiais e da Força de Reação Rápida, e um destacamento de cooperação civil-militar.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa e Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, no exercício militar Lusitania 2016, Beja, 25 outubro 2016 (Foto: Nuno Veiga/Lusa)