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«Num mundo em que tantos muros se constroem, é bom que haja - pelo menos - uma cidade que abre as suas portas e diz: são todos bem-vindos», afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa.
Estas declarações foram feitas na inauguração da nova sede da Casa da América Latina e da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, em Lisboa.
«Queremos que Lisboa continue a ser uma cidade global e aberta ao mundo», sublinhou o Primeiro-Ministro, referindo que Portugal, «pela geografia, nasceu europeu, mas a vida fez o País global, o que é legado que há o dever de continuar a acarinhar».
Exemplificando com o seu próprio caso essa globalização, António Costa disse: «Sem isso, porventura, o meu pai não teria deixado Goa para vir para a Casa dos Estudantes de Império, não teria conhecido a minha mãe, e eu não estaria aqui hoje».
«E é essa realidade faz com que hoje, tendo-nos sabido reencontrar no espaço europeu, nunca tenhamos deixado de ser aquilo que a História nos legou: sermos cidadãos do mundo, um País aberto ao mundo e ter, naturalmente, uma capital aberta ao mundo», realçou.
Diplomacia das cidades
O Primeiro-Ministro lembrou ainda a altura em que o antigo Presidente da Câmara de Lisboa, João Soares, criou a Casa da América Latina, alertando para que «a diplomacia das cidades vai ser crescentemente importante».
«Pela primeira vez, na história da Humanidade, mais de metade dos seres humanos habitam nas cidades, e essa vai ser uma tendência crescente ao longo deste século», disse António Costa, acrescentando que, «por isso, as relações vão ser menos Estado a Estado, e cada vez mais de cidade a cidade».
Lisboa será a Capital Ibero-americana da Cultura em 2017.
Foto: Primeiro-Ministro António Costa na inauguração da nova sede da Casa da América Latina e da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, Lisboa, 30 setembro 2016
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