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«A educação é vital para aliviar os efeitos a longo prazo dos conflitos, para alcançar reconciliações pacíficas e para reconstrução pós-conflito em sociedades destruídas pelo conflito», afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Estas declarações foram feitas num evento relativo à educação superior em situações de conflito ou de desastres naturais paralelo à cimeira internacional da ONU, em Nova Iorque.
Acrescentando que este se trata de «um assunto crucial, ignorado por demasiado tempo», o Ministro sublinhou que «Portugal tem, por muitos anos, promovido o direito à educação».
«Desde 2001, primeiro na Comissão dos Direitos Humanos e, desde 2006, no Conselho dos Direitos Humanos, Portugal tem proposto uma resolução pelo direito a educação que tem sido sempre adotado com consenso», lembrou Augusto Santos Silva.
O Ministro disse ainda que, «em situações de emergência, crianças e jovens estão sempre entre os que mais sofrem» e «o direito à educação de crianças e universitários é sempre umas das primeiras vítimas de cada guerra ou conflito».
«A resposta humanitária internacional para aqueles que fogem de conflitos ainda não presta atenção ao direito de educação de qualidade para crianças e estudantes universitários», afirmou também Augusto Santos Silva, acrescentando que «este falhanço priva as sociedades da contribuição de gerações inteiras na recuperação e reconciliação após períodos de conflito».
O Ministro concluiu, referindo a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, uma iniciativa do antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, como um exemplo de boas práticas nesta área.
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