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2016-09-08 às 9h12

Jogos Paralímpicos representam o «trabalho que temos de fazer para uma sociedade inclusiva»

Primeiro-Ministro António Costa visita o Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro, 7 setembro 2016 (Foto: Marcelo Sayão/Lusa)

«Os Jogos Paralímpicos são o maior desafio que se coloca à humanidade, porque não é só o objetivo de cada um superar-se a si próprio, como, sobretudo todos nós, no conjunto da sociedade, nos superarmos relativamente ao preconceito e ao trabalho que temos de fazer para termos uma sociedade inclusiva», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa no Rio de Janeiro.

Numa declaração antes de participar na cerimónia de abertura dos jogos, o Primeiro-Ministro acrescentou que esta sociedade inclusiva é «uma sociedade em que todos possam viver e realizar-se plenamente».

Quanto ao aspeto desportivo, são «competições da mais alta importância e em que Portugal estará presente com 37 atletas em sete diferentes modalidades».

No dia 8, último dos quatro dias de visita ao Brasil, António Costa visita a aldeia olímpica e encontra-se com os atletas portugueses.

O Primeiro-Ministro esteve presente na cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos acompanhado pelos Secretários de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, e do Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, tendo a delegação governamental portuguesa participado também na receção que o Presidente do Brasil ofereceu a todas as delegações oficiais presentes.

Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro

No terceiro dia da sua visita, o Primeiro-Ministro visitou também o Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, instituição fundada em 1837 por membros da comunidade portuguesa, cuja biblioteca, conta com 300 mil livros, parte dos quais com elevada importância histórica. António Costa afirmou que o Governo «tudo fará para preservar a sua continuidade e perenidade» do Real Gabinete.

«Estou aqui num símbolo da maior importância da cultura e da língua portuguesa. É a grande ponte que une a pátria portuguesa ao Brasil. Para o Estado Português, é um dever reconhecer aquilo que foi este contributo único da comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, que fez esta doação ao Brasil», disse.

O Governo está atualmente a analisar a sua colaboração com o Real Gabinete Português de Leitura, que necessita de obras de restauro e preservação a que a comunidade portuguesa do Rio já não consegue fazer face, recordando que o Ministro da Cultura, Castro Mendes, foi cônsul de Portugal no Rio de Janeiro.

Castro Mendes «pediu-me para transmitir aqui que os estudos estão não só muito avançados, como se encontram no sentido muito positivo de rapidamente podermos fechar um entendimento sobre o futuro do Real Gabinete Português de Leitura. É o mínimo que o Estado português pode fazer por esta instituição», acrescentou.

António Costa disse também que a melhor forma de homenagear a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro «é o Estado Português assumir as suas responsabilidades em relação à continuidade e perenidade de uma instituição que tanto tem feito pela cultura da língua portuguesa».

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa visita o Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro, 7 setembro 2016 (Foto: Marcelo Sayão/Lusa)