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2016-08-31 às 17h14

Défice de 2016 ficará «confortavelmente abaixo de 2,5%»

Primeiro-Ministro António Costa na receção à Delegação Paralímpica de Portugal que vai participar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, no antigo Museu dos Coches, Lisboa, 31 agosto 2016

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o défice em 2016 ficará «confortavelmente abaixo de 2,5%», no final de uma receção à Delegação Paralímpica de Portugal, no antigo Museu dos Coches, em Lisboa.

«A União Europeia fixou-nos um objetivo de termos um défice de 2,5% e podemos hoje dizer que teremos um défice confortavelmente abaixo de 2,5%», referiu, acrescentando que «são esses os dados da execução orçamental, quer do lado da despesa, quer do lado da receita, e tendo em conta o próprio nível de crescimento da economia».

António Costa disse que a revisão em alta dos dados do crescimento do PIB (0,8 para 0,9% no segundo trimestre do ano) revela que se está «a inverter, ainda que ligeiramente, a tendência de desaceleração que vinha de 2015».

«O País sofreu quatro anos de um choque económico brutal que nos fez recuar décadas em crescimento, em emprego, em investimento. É necessário fazer agora um esforço acrescido», afirmou.

Reforçar trajetória de crescimento

O Primeiro-Ministro realçou os dados positivos e reforçou o objetivo de prosseguir um rumo de crescimento de uma forma mais «robusta»: «Os dados do emprego são também positivos. Os dados do clima económico e da confiança são positivos. E é essa a trajetória que temos de seguir».

É preciso «acelerar os fatores que contribuam para o crescimento da economia», afirmou António Costa. «Prosseguir a reposição do rendimento das famílias, dar execução ao programa Capitalizar que aprovámos, para as que as empresas tenham melhores condições para investir, e acelerar a execução dos fundos comunitários».

Investir na educação, na saúde e na cultura em 2017

António Costa disse também que o Orçamento do Estado para 2017 vai ser marcado por um investimento na educação, na saúde e na cultura, eliminado os atuais cortes e sem promover qualquer novo corte nas pensões.

«O Orçamento de 2016 foi o da reposição dos vencimentos. O de 2017 tem de ser também o da prossecução dessa finalidade. Tem de ser também o do reforço do investimento em políticas fundamentais como a educação, a saúde e a cultura, que são decisivas para o nosso futuro coletivo», referiu o Primeiro-Ministro, apontando ainda a continuação da estratégia de aumento da justiça fiscal.

«É no conjunto destes objetivos que temos de desenhar o Orçamento», afirmou.

O Primeiro-Ministro rejeitou a possibilidade de «qualquer novo corte nas pensões» e acrescentou que «os cortes serão eliminados, a sobretaxa será eliminada e os rendimentos serão repostos».

«Estamos a concluir o nosso trabalho, estamos a trabalhar com os nossos parceiros da maioria parlamentar, teremos de dialogar com a Comissão Europeia. Mas a minha convicção é que vamos ter certamente um Orçamento que não só não seja um recuo, que não seja uma mera consolidação, mas que seja de avanço na execução do Programa do Governo», analisou.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa na receção à Delegação Paralímpica de Portugal que vai participar nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, Lisboa, 31 agosto 2016