Saltar para conteúdo
Histórico XXI Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2016-07-05 às 17h53

É possível fazer melhor na cooperação técnico-militar com Cabo Verde

Navio escola Sagres

«Fazemos uma avaliação positiva da cooperação técnico-militar que tem decorrido nas últimas décadas, mas entendemos que é possível fazer mais e melhor», afirmou o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, durante uma visita oficial a Cabo Verde, que realizou nos dias 4 e 5 de julho.

«Estamos, por isso, a procurar encontrar os mecanismos de entendimento para reforçar essa cooperação, procurando estabelecer um novo programa-quadro de cooperação técnico-militar, já a partir de 2017, que corresponda melhor aos objetivos estratégicos de Cabo Verde e também de Portugal», acrescentou.

O Secretário de Estado sublinhou que o interesse estratégico de Portugal passa em grande medida pelo reforço da capacidade dos países de língua portuguesa.

O Ministro da Defesa cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, afirmou que «quanto mais fortes e mais capacitados estiverem os países de língua portuguesa do ponto de vista militar, mais capacidade terão de serem contribuintes líquidos para a segurança».

Para o Ministro da Defesa cabo-verdiano, Portugal tem sido um parceiro estratégico de Cabo Verde e os dois países têm trabalhado no sentido de reforçar a cooperação existente há vários anos.

No dia 5, o último dia da visita, Marcos Perestrello participou numa cerimónia oficial na Assembleia Nacional para assinalar o 41.º aniversário da independência de Cabo Verde, tendo ainda sido recebido pelo Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva.

Sagres

O navio-escola Sagres foi condecorado, no dia 4, com a Estrela de Honra da República de Cabo Verde, tornando-se «o único navio da Marinha Portuguesa a ostentar uma condecoração de um país estrangeiro: Cabo Verde, com quem subsistem laços de amizade de longa data», afirmou o Ministro da Defesa cabo-verdiano.

O Secretário de Estado da Defesa Nacional destacou o papel do navio Sagres no estreitamento dos laços com os países da lusofonia, nomeadamente «na formação dos futuros oficiais de Cabo Verde».

Marcos Perestrello recordou ainda que nesta missão da Sagres se encontra um aspirante da Marinha de Cabo Verde entre os 63 cadetes a bordo, o primeiro de um país de língua portuguesa a efetuar o estágio de embarque no navio.

Na missão, que inclui também a componente de formação para os alunos da Escola Naval, participam ainda mais cinco cadetes de países africanos de língua portuguesa: quatro angolanos e um moçambicano, além de outros da Alemanha, Espanha, Inglaterra, Marrocos, Tunísia e Turquia.

Desde 1981 já embarcaram no navio-escola Sagres 28 cadetes oriundos de Cabo Verde.