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2016-06-25 às 18h27

«Economia social não pode servir como um biombo atrás do qual o Estado se esconde»

Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou que «a economia social não pode servir como um biombo atrás do qual o Estado se esconde nas suas fragilidades ou nas suas opções de desinvestimento social», durante uma visita a Fornos de Algodres.

José António Vieira da Silva acrescentou que «por vezes há quem não entenda, ou confunda, aquilo que é o papel da economia social e o que é o papel do Estado».

«Durante alguns anos ouvimos demasiadas vezes remeter para as instituições sociais quase que a responsabilidade única, ou pelo menos primeira, na resposta aos problemas sociais do nosso País, das nossas comunidades», disse.

O Ministro destacou que esta «não é a posição do Governo». «A economia social não está ao serviço do Estado, mas também não serve como desculpa para que o Estado não intervenha de forma mais clara, obviamente que rigorosa, mas decidida e decisiva, na garantia dos direitos dos cidadãos e dos direitos das comunidades», afirmou.

Política do Governo

Vieira da Silva referiu que a estabilidade na relação com as instituições, o reforço da cooperação e a transparência na relação são as três grandes linhas que têm vindo a consolidar a política do Governo.

«Por vezes, o papel do Estado no apoio às instituições depende dos ciclos, depende dos momentos, e isso é mau porque vem criar instabilidade», afirmou.

O Ministro acrescentou que «a estabilidade e o reforço do trabalho conjunto são palavras que devem ser alargadas à vida coletiva no momento em que se vive».

«Vivemos momentos difíceis, momentos de incerteza, momentos em que o enquadramento da nossa economia e da nossa sociedade sofre mudanças com evoluções imprevisíveis, por exemplo na União Europeia», acrescentou.

O Ministro referiu que «nestas alturas é imperioso que fale mais alto a necessidade de agir como uma comunidade unida no essencial».

Interesses fundamentais

«Nestas alturas em que precisamos de estar muito atentos ao que se vai passando no mundo, ao que se vai passando na Europa, é fundamental que o País saiba onde estão os seus interesses fundamentais, onde estão os seus valores mais representativos e eles estão na defesa da nossa sociedade, do nosso modelo social e da nossa capacidade de crescermos e desenvolvermos como um todo, com uma atenção particular às desigualdades e aos desequilíbrios territoriais», disse ainda.

Vieira da Silva esteve em Fornos de Algodres nas comemorações do 350.º aniversário da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia.

O Ministro visitou as instalações da Unidade de Cuidados Continuados e da Estrutura Residencial para Idosos, onde descerrou placas com os nomes de Fernando Menano e Francisco Paulo Menano, respetivamente.