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O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, destacou que o relatório com as previsões da OCDE indica que «deverá haver uma retoma para o final do ano e para o próximo ano».
Na sede da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, em Paris, o Ministro afirmou que a revisão em baixa do crescimento do PIB em 2016 (1,2% em vez de 1,6%) é vista «com preocupação, com atenção, mas também com otimismo».
«São previsões que refletem um pouco o arrefecimento que houve na economia a partir de agosto do ano passado e que ainda se refletiu no primeiro trimestre», disse.
«Deverá haver uma melhoria também na sequência das políticas económicas que estamos a adotar e que temos vindo a adotar para o relançamento do investimento e para o relançamento da economia portuguesa», afirmou o Caldeira Cabral.
Indicadores positivos
O Ministro realçou também que «os indicadores de dados mais recentes mostram que já está a acontecer uma inversão do arrefecimento da economia e que o crescimento poderá acelerar ao longo do ano».
Caldeira Cabral referia-se aos indicadores de clima económico ou de confiança de consumidores que «estão já a subir em abril e maio».
«Também temos dados do turismo muito interessantes que contrariam um pouco a perda que houve nas exportações, principalmente por causa de alguns mercados específicos como o de Angola».
Previsão do défice
O Ministro da Economia afirmou que «há um reconhecimento face a revisões anteriores que o défice estará já abaixo dos 3% e é interessante que todas as instituições com ligeiras subidas ou descidas reconhecem hoje que o défice estará dentro dos limites da União Europeia».
Caldeira Cabral acrescentou que os dados do desemprego também apontam para uma descida ao longo do ano: «Demonstram que houve uma descida de desemprego face a março e face a abril do ano passado e que houve, e está a haver, criação líquida de emprego».
«São estes dados que temos e que vêm acompanhando outros dados do início do ano, tais como os das contribuições para a Segurança Social, que apontam no sentido de estar a ser criado mais emprego e de estar a haver um ritmo positivo de criação de emprego e, portanto, uma descida de desemprego ao longo do ano», afirmou.
Reino Unido e a União Europeia
Caldeira Cabral afirmou também que uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia na sequência do referendo será um fator negativo para o conjunto dos Estados membros e «certamente negativo para Portugal».
«Há muitos portugueses a residir no Reino Unido e é um parceiro económico importante», afirmou o Ministro, acrescentando o desejo de que a decisão seja «de continuar a trabalhar com a União Europeia».
«E, na minha opinião, dentro da União Europeia. Mas isso é obviamente uma decisão que cabe aos eleitores ingleses», concluiu.
Foto: Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral
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