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O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que o crescimento da economia deve resultar da conjugação do aumento das exportações e do estímulo da procura interna, durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República.
«O que é melhor é usar os dois motores: o externo, que está a crescer bem para os mercados europeus e norte-americano e que devemos estimular, e também o motor interno, para que cresça não pondo em causa o equilíbrio externo» disse o Ministro.
«Este deve ser também uma fonte de crescimento da economia e é importante para a confiança da própria economia», acrescentou Caldeira Cabral.
Desaceleração desde 2015
O Ministro afirmou que «há vários indicadores que não estão a ser tão positivos, como o caso das exportações de bens, mas isso vem também da desaceleração desde meados do ano passado, com as situações de quebra de mercados dos mercados angolano, brasileiro e na China».
Há uma desaceleração económica «que se regista deste agosto do ano passado, com reflexos nos últimos trimestres de 2015 e já no primeiro trimestre» de 2016, mas «dizer que os dados macroeconómicos apresentam quebra clara da atividade económica (...) é pessimismo crónico», acrescentou Caldeira Cabral.
Contudo, «não tenho uma visão otimista, mas realista e de olhar para a frente», sublinhou o Ministro da Economia.
Caldeira Cabral disse ainda que o Estado não se deve substituir aos empresários, mas atuar «como facilitador, que cria condições e investe em áreas em que não podemos esperar pelo setor privado», e «que também resolve problemas em áreas, como a capitalização e o financiamento» das empresas.
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