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2016-05-17 às 18h14

Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável tiveram procura de 1,2 mil milhões de euros

Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix

«A procura verificada é um sinal claro de que os portugueses poupam e de que confiam nos instrumentos de poupança do Estado», afirmou o Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças a propósito da primeira emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável que, inicialmente prevista para 350 milhões de euros, acabou por ter um montante de 750 milhões, tendo a procura atingido os 1,2 mil milhões.

Ricardo Mourinho Félix acrescentou que a emissão Obrigações do Tesouro direccionada para os investidores de retalho «revelou-se um caso de sucesso».

O Secretário de Estado afirmou ainda que «os portugueses acreditam que um crescimento económico inclusivo, num quadro de estabilidade institucional e política, é uma garantia de bem-estar e que esse é o modelo de crescimento sustentável».

Transacionável em bolsa

Ricardo Mourinho Félix explicou que as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável «são um instrumento novo que satisfaz as necessidades de investimento de uma classe de aforradores que procura soluções rentáveis, seguras e líquidas, permitindo o acesso de particulares a obrigações do Tesouro transacionáveis em Bolsa».

A primeira emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) vai ser admitida à negociação no mercado regulamentado da Euronext a 19 de maio.

37 mil investidores portugueses subscreveram 95% da emissão OTRV, tendo os restantes 5% sido adquiridos por investidores estrangeiros residentes em Portugal, destacando-se as nacionalidades francesa, suíça, angolana e alemã. O valor médio aplicado ultrapassou os 31 mil euros.

As Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável desta emissão pagam um juro semestral variável e igual à Euribor a 6 meses acrescida de 2,20%, com uma taxa de juro mínima de 2,20% (Taxa Anual Nominal Bruta). Esta emissão vence a 19 de maio de 2021.  

Mercado doméstico de dívida pública

A presidente da Agência de Gestão do Crédito Público (IGCP), afirmou que o organismo de gestão da dívida pública «está empenhado desde 2012 em dinamizar o segmento de retalho com vista a construir uma base estável de mercado doméstico de dívida pública», inserindo-se nessa estratégia o lançamento desta OTRV.

Ela «assinala a entrada dos produtos de dívida pública de retalho na rede de comercialização especifica do setor bancário e apraz-nos constatar a forte recetividade que tal novidade mereceu por parte do público-alvo», disse ainda Cristina Casalinho.

«O IGCP continuará, pois, a trabalhar no sentido de melhorar a oferta, adequando-a ao que for percebido como necessidade do retalho e mercado domésticos, consolidando dessa forma mais uma fonte de financiamento do Estado português», disse ainda.

 

Foto: Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix (Foto: Jorge Ferreira)

Áreas:
Finanças