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O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que o uso do português em todos os documentos oficiais e o ensino desta língua em todo o sistema educativo é condição essencial para a adesão plena da Guiné Equtorial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Estas declarações foram feitas no Instituto Camões, em Lisboa, numa conferência de imprensa com o objetivo de assinalar as comemorações do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, que se assinala no dia 5 de maio.
«Portugal entende que o sistemático uso em todos os documentos oficiais do português como língua oficial é uma condição essencial da adesão plena da Guiné Equatorial à CPLP», referiu o Ministro.
Augusto Santos Silva acrescentou ainda que «outra condição essencial, para o Governo é que o ensino da língua portuguesa se estenda a todo o sistema educativo da Guiné Equatorial».
Este é o único país africano de língua espanhola, apesar de ter aderido à CPLP em 2014.
Portugal disponível para cooperar no ensino da língua
Lembrando que, em março, teve um encontro bilateral em Lisboa com o seu homólogo equatorial-guineense, Agapito Mba Mokuy, o Ministro afirmou: «Nessa altura transmiti a disponibilidade de Portugal para cooperar no ensino da língua naquele país, propondo a replicação do programa em vigor na Namíbia, que tem sido tão bem sucedido».
«Esta oferta mantém-se completamente válida», sublinhou Augusto Santos Silva, acrescentando: «Espero que seja acolhida pelas autoridades da Guiné Equatorial».
A mesma prática poderá estender-se ao Brasil, caso manifeste a mesma disponibilidade que Portugal para apoiar a Guiné-Equatorial no ensino do português.
Referindo-se às eleições presidenciais que decorreram no dia 24 de abril, o Ministro afirmou que «a nota da missão da CPLP é muito equilibrada e precisa sobre aquele que foi um teste muito importante sobre o respeito da Guiné Equatorial aos valores constitutivos» da organização lusófona.
Neste ato eleitoral, o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, no cargo há 37 anos, foi reeleito com 93,7% dos votos.
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