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2016-02-18 às 17h02

Líderes têm de fazer tudo para manter o Reino Unido mas «sem perdermos a alma e o coração da União Europeia»

Primeiro-Ministro António Costa faz declaração à imprensa è entrada para o Conselho Europeu, Bruxelas, 18 fevereiro 2016 (Foto: União Europeia)

O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que «é fundamental fazermos tudo para que haja um bom acordo para manter o Reino Unido na União Europeia, mas queremos conservar o Reino Unido sem perdermos aquilo que é a alma e o coração da União Europeia», à entrada para a reunião do Conselho Europeu que tem como temas a reivindicação de um regime especial pelo Reino Unido e as migrações.

O Primeiro-Ministro acrescentou que «estamos todos a fazer um esforço para aproximar posições, para procurar ir ao encontro das preocupações, que sejam legítimas, que o Reino Unido coloca, mas esse esforço tem que ser compatível com aquilo que é essencial, que é preservarmos a União Europeia na sua integridade (...) na integridade dos seus valores».

António Costa recordou que «a liberdade de circulação é o que deu força e alma à União e não a vamos perder certamente», dizendo ainda que «é fundamental garantir que a liberdade de circulação - que é uma das liberdades fundadoras da União -, que a igualdade de tratamento - que é um princípio fundamental da União -, não possam ser sacrificados nem no Reino Unido nem em qualquer outro Estado».

Comunidade portuguesa

O Primeiro-Ministro disse também que não só confia num acordo, «como vamos trabalhar ativamente, porque seria muito mau para a UE que perdesse um Estado-membro tão importante como o Reino Unido - para Portugal, em particular, que somos aliados tão antigos do Reino Unido, seria uma perda imensa»

Acerca de como as medidas propostas pelo Governo britânico pode afetar a comunidade portuguesa, António Costa afirmou: «Trata-se de garantir o óbvio: é que os portugueses, desde logo aqueles que residem no Reino Unido, gozam da liberdade de circulação, gozam da igualdade de direito de tratamento, e isso, objetivamente, é insuscetível de poder ser alterado».

O Governo britânico apresentou várias exigências para poder defender a manutenção do Reino Unido na União Europeia no referendo que poderá realizar-se no verão, os quais incluem limitações aos benefícios sociais de trabalhadores oriundos de outros Estados-membros.

 

Foto: Primeiro-Ministro António Costa faz declaração à imprensa è entrada para o Conselho Europeu, Bruxelas, 18 fevereiro 2016 (Foto: União Europeia)