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O Primeiro-Ministro sublinhou que «o Eurogrupo confirmou apoio ao Orçamento do Estado para 2016», tal como já o tinha feito a Comissão Europeia, em resposta a perguntas dos deputados no debate quinzenal na Assembleia da República. António Costa acrescentou que «o Governo tomou boa nota das declarações do Eurogrupo e reafirma que tudo fará para prevenir os riscos e reforçar a confiança».
«O Eurogrupo realçou o compromisso do Governo com as metas acordadas» no quadro da zona euro, referiu ainda o Primeiro-Ministro, acrescentando que, para prevenir eventuais riscos, «o Eurogrupo solicitou e o Governo aceitou que se preparassem medidas novas para ter em carteira caso venham a ser necessárias».
António Costa afirmou «a convicção de que não serão necessárias medidas adicionais», acrescentando que «temos toda a confiança na nossa capacidade de executar o Orçamento, prevenindo os riscos».
O Primeiro-Ministro referiu que «no diálogo com a Comissão fomos forçados a subir impostos, mas provámos que é possível fazer escolhas políticas no quadro do euro».
Escolhas no quadro do euro
Assim, o Governo optou por subir os impostos especiais de consumo (petrolífero, tabaco, crédito ao consumo) em vez dos impostos sobre o trabalho, por baixar a sobretaxa do IRS e aumentar a contribuição dos bancos, por colocar a cláusula de salvaguarda no IMI e acabar com a isenção de IMI para os fundos imobiliários, referiu, acrescentando que «este é o primeiro Orçamento da legislatura» mas não é o último.
Acerca do aumento do imposto sobre produtos petrolíferos (ISP), referiu que em julho os portugueses pagavam cerca de 4 cêntimos de imposto por litro de combustível, e agora, que os preços do petróleo baixaram muito, vão passar a pagar cerca de 6 cêntimos, compensando no ISP a baixa de preço, devendo os preços finais do gasóleo e gasolina ficar ao nível de meados de dezembro, quando o aumento da taxa do ISP entrar em vigor.
O Orçamento do Estado para 2016 «é um orçamento responsável porque escolhe repor o rendimento e apoiar o investimento», destinado a «relançar a nossa economia no quadro da zona euro», disse António Costa.
Rendimentos e investimento
«Rendimentos e investimento são dois eixos que se apoiam mutuamente», afirmou, referindo que nos inquéritos nos INE aos empresários estes apontavam sempre a baixa expectativa de procura como a principal razão para não investirem, recordando que «em 4 anos e rendimento das famílias baixou 11%», devendo «este ano vai subir 2%».
O Primeiro-Ministro apontou a sua preocupação com o desemprego - «um dos resultados dramáticos da política seguida» -, acrescentando que «o emprego não se decreta, constrói-se com as políticas económicas apropriadas», que o Governo centra em dois eixos: reposição dos rendimentos das famílias e melhoria das condições de investimento das empresas.
Acerca da melhoria das condições de investimento das empresas, António Costa enumerou:
Quanto à reposição dos rendimentos das famílias, apontou o acordo sobre o salário mínimo, e o reforço da proteção social, acrescentando que o Orçamento «elimina sobretaxa de IRS para 99,7% das famílias, repõe salários da função pública, e reduz em 24% as taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde».
A propósito da subida de taxas de juro da dívida portuguesa, o Primeiro-Ministro sublinhou que «tudo faremos para preservar a confiança, que é um capital fundamental», mas recordou que a agitação nos mercados de captais na última semana se deve a «preocupações com os sistemas financeiros de alguns países europeus», e as economias mais frágeis acabam por ser mais afetadas por esses problemas do conjunto do que as outras.
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