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2018-01-22 às 10h41

Desemprego registado cai para o nível mais baixo desde outubro de 2008

Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva (DR)
O ano de 2017 terminou com menos 78,8 mil desempregados inscritos nos centros de emprego face ao final de 2016 (-16,3%) e menos 151,4 mil desempregados inscritos nos centros de emprego face ao final de 2015 (-27,3%), de acordo com os dados publicados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional relativos ao mês de dezembro e que permitem fazer o balanço de mercado de emprego para o ano de 2017. 

Esta diminuição do desemprego registado nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional, que nunca ocorrera ao longo de dois anos (desde o início da atual série, em 1989) baixou o número de desempregados inscritos para 403,8 mil, o valor mais baixo desde outubro de 2008, quando começou a crise financeira e económica. 

O desemprego registado diminuiu em todos os meses do ano (com exceção do mês de novembro em que se manteve estável) a um ritmo médio de -1,8%, o que significa que, em média, saíram do desemprego 8,2 mil pessoas por mês ao longo do ano passado. 

O desemprego jovem baixou para 44,4 mil pessoas no fim do ano, menos 10,9 mil do que no final de 2016 e menos 24,8 mil face ao final de 2015.

O número de desempregados inscritos há 12 meses ou mais baixou para 193 mil, o valor mais baixo desde dezembro de 2009, que representa uma redução de 38,6 mil pessoas face ao final de 2016 e de 67 mil face ao final de 2015. 

Menos 78,8 mil desempregados em 2017

Comparando com o mês de dezembro de 2017 com o de 2016 (comparação homóloga), o desemprego diminuiu 16,3% em termos globais (menos 78,8 mil pessoas) em todas as categorias, em todos os níveis de qualificação (em particular nos grupos menos qualificados) e para ambos os sexos (com maiores decréscimos no caso dos homens): 

- Jovens (-19,7%),

- Adultos (-15,9%),

- Desempregados de curta duração (-16%),

- Desempregados de longa duração (-16,7%),

- Pessoas à procura do primeiro emprego (-15,8%) e do novo emprego (-16,4%).

A diminuição homóloga ocorreu em todas as regiões do País, com destaque para os decréscimos de 15,7% no Norte (-31,6 mil pessoas) e de 17,2% em Lisboa e Vale do Tejo (-42,3 mil pessoas), que no total representam 71% da redução homóloga do desemprego. 

O desemprego diminuiu também em todos os setores de atividade, com a maior redução homóloga a registar-se no setor da construção, onde o desemprego recuou 27,9% (menos 12,3 mil desempregados e com um contributo de 18% para a redução global do desemprego, que se compara, por exemplo, com um contributo de 9% do alojamento, restauração e similares). 

Em relação ao final de 2015, o desemprego na construção teve uma quebra superior a 43% no correspondente a aproximadamente 25 mil pessoas. 

Dados são positivos mas ainda há caminho a percorrer

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou que os dados relativos à descida do desemprego «são extremamente positivos», mas que não se pode esquecer o caminho que ainda tem de ser percorrido. 

Os dados hoje divulgados pelo IEFP são o «reconhecimento que, no espaço dos últimos dois anos, foram criados cerca de um quarto de milhão de novos empregos - empregos líquidos - e que esse emprego foi ainda mais forte do que a diminuição do desemprego».

Vieira da Silva acrescentou que isto «quer dizer que foram trazidas pessoas para o mercado de trabalho que estavam fora do mercado de trabalho» e que a economia portuguesa apresentou «um dinamismo significativo».

«Não atingimos ainda os valores que possuíamos antes da crise, mas, ao nível do volume de desemprego, os valores já são próximos, se não idênticos», sublinhou.
 
A atual situação do emprego permite que o Governo torne «mais forte o combate àqueles núcleos mais pesados, mais duros, mais difíceis do desemprego», como o desemprego de longa duração e o desemprego jovem, nomeadamente os jovens que não trabalham nem estudam.