«O ensino do Português no ensino básico e secundário dos Estados Unidos teve um aumento muito significativo desde 2015», afirmou o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, em declarações à agência Lusa em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos da América.
Acrescentando que este crescimento se deve a um conjunto de esforços, o Secretário de Estado lembrou o reconhecimento do Português como língua estratégica pela Administração Federal norte-americana e os acordos celebrados pelo Instituto Camões com escolas comunitárias, escolas públicas e universidades.
«Os acordos têm permitido reforçar as condições logísticas em termos didático-pedagógicos para o ensino da língua portuguesa», disse ainda José Luís Carneiro, referindo a oferta dos manuais escolares e a realização de exames de certificação de proficiência linguística.
Segundo dados oficiais, existem 406 professores a ensinar o Português no ensino básico e secundário, e 648 cursos em 176 escolas, havendo 16 universidades a lecionar o Português no ensino superior. No total, o número de estudantes do Português é hoje de 18638, mais cerca de três mil em relação ao ano letivo 2015/2016.
Promoção de vagas no ensino superior para luso-americanos
«Estamos a realizar sessões de esclarecimento sobre o programa Study & Research in Portugal, que já fizemos na Europa e agora estamos a fazer nos Estados Unidos», afirmou também o Secretário de Estado, que vai promover as 3500 vagas para luso-americanos que estarão disponíveis no ensino superior no País, no próximo ano letivo.
Sublinhando que «há razões muito objetivas para que os estudantes lusodescendentes aproveitem a quota estabelecida» pela Direção-Geral do Ensino Superior, José Luís Carneiro lembrou a diferença de custos entre Portugal e os Estados Unidos.
«Tratando-se de instituições de ensino acreditadas e cuja qualidade está certificada por instituições da União Europeia, os alunos têm propinas anuais que andam na ordem dos 800 euros em Portugal», disse o Secretário de Estado, acrescentando que, nos Estados Unidos, «os alunos pagam 50, 60 e até 70 mil dólares por ano para frequentarem um curso superior em instituições equivalentes».
Para se candidatarem, os estudantes têm de fazer prova da ligação familiar a um emigrante português, podendo ser o cônjuge, o parente ou afim em qualquer grau da linha direta e até ao 3.º grau da linha colateral que com ele tenha residido. São necessárias também as provas do ensino secundário ou equivalente realizadas.
As candidaturas deverão abrir em julho e estarão disponíveis até agosto, com datas que serão afixadas no site da Direção-Geral do Ensino Superior e no
Portal das Comunidades Portuguesas.
José Luís Carneiro terminará na Califórnia uma visita oficial por vários estados norte americanos. Desde o dia 10 de maio, o Secretário de Estado dialogou com a comunidade portuguesa nos estados de Nova Iorque, Nova Jérsia, Connecticut e Massachusetts.