Intervenção do Ministro dos Negócios Estrangeiros no Seminário Diplomático 2019

«1.Uma política externa estável e complexa

Não me canso de valorizar a estabilidade e a continuidade da política externa portuguesa. O facto de obedecer a um fio condutor que, no essencial, ficou definido na transição democrática da segunda metade da década de 1970 e que beneficia de um amplo respaldo, quer político-partidário, quer social, é uma das suas maiores forças. Esse fio condutor inclui a opção pela integração europeia e a permanência da ligação transatlântica – duplamente definida pela condição de país fundador da NATO e pela aliança com os Estados Unidos. Inclui ainda a nova interação pós-descolonização com os países africanos de língua portuguesa, juntamente com a relação consolidada com o Brasil e, primeiro, o envolvimento no processo pela independência de Timor-Leste e, em seguida, uma relação muito próxima com o novel país. E inclui, enfim, a priorização dos laços com as comunidades portuguesas e lusodescendentes residentes um pouco por todo o mundo».

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