Há 3 anos e meio, o XXI Governo viu aprovado o seu Programa nesta assembleia. Nesse programa, assumimos uma ambição muito clara: virar a página da austeridade, através da recuperação de rendimentos das famílias, da reposição de direitos, da melhoria das condições de investimento para as empresas, ao mesmo tempo que reduzíamos o défice e a dívida.
Mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade, com contas certas.
Sobre este programa o PSD e o CDS disseram que era irrealista; que era uma ameaça às contas públicas; que afastaria os investidores; que colocaria em causa compromissos internacionais; e até que colocaria o País no caminho de um novo resgate.
Hoje, o PSD e o CDS já não criticam o Governo por estar a pôr em risco as contas públicas ou pela falta de gradualismo na reposição de direitos e rendimentos. Numa reviravolta de argumentos, acusam afinal o Governo de não responder positivamente a todas as pretensões salariais e de progressão nas carreiras. Aquilo que há três anos diziam ser uma irresponsabilidade é aquilo que parecem agora defender ser a forma certa de governar, sem preocupações com despesismo ou descontrolo das contas públicas.
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