«O futuro Museu da Resistência e da Liberdade dá aqui os seus primeiros passos e o lugar não é um acaso. Se a história desta Fortaleza é grande e se confunde com a história político-marítima de Portugal, essa história agiganta-se tanto mais pelo facto de entre 1934 e 1974 este lugar ter sido símbolo de uma violência que ainda crava fundo na memória de muitos.
Foi uma prisão. Uma prisão política, não esqueçamos.
Símbolo maior do combate e da resistência ao fascismo. Da luta que resiste, da luta de cada um, feita por isso luta de todos nós. Não passada apenas, mas essencialmente futura. A luta que urge continuar todos os dias, cada dia.
Há 45 anos que se esperava que a este lugar fosse dado o devido destaque na memória futura de repetidas gerações. O futuro que aqui se foi construindo, noite após noite, e fuga após fuga, mas também esperança após esperança, é o futuro ao qual temos o dever coletivo de estar à altura.»
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