«Não há melhor forma de celebrarmos os 40 anos de relações diplomáticas entre a República Portuguesa e a República Popular da China que com esta exposição, que demonstra o quão rico e longo é o relacionamento entre os nossos povos.
As Chapas Sínicas são testemunho único e valioso não só da correspondência oficial entre as autoridades chinesas e o Leal Senado de Macau, mas, mais importante ainda, de uma história comum entre os nossos povos, da interação entre as nossas culturas, mas também do confronto de visões.
Constituem, assim, prova documental da existência de um património cultural comum, o qual não se resume apenas ao passado histórico partilhado, mas que se projeta num futuro promissor, de cooperação em diversos domínios e de reforço dos laços de amizade que nos unem.
O conjunto das Chapas Sínicas é um dos mais importantes documentos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, testemunho, também, do notável trabalho de recuperação e preservação desta instituição.»
Graças a um esforço conjunto de Portugal e da República Popular da China foi possível assegurar o conhecimento e a transmissão de uma herança ao mesmo tempo nacional e partilhada, através da proteção e valorização de um património tão singular, registado no Programa Memória do Mundo da UNESCO no ciclo 2016-2017.
Enquanto documento representativo de uma época particular das relações entre os nossos povos, não quero deixar de referir que a preservação e o estudo das Chapas Sínicas nos desafiam, de igual forma, a dar continuidade e a enriquecer os laços culturais que nos uniram e continuaram a unir.