A Ministra da Cultura decidiu nomear o advogado Rui Patrício novo membro do Conselho de Administração da Fundação Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo (FAMC), na sequência da renúncia ao mandato de João Nuno Azevedo Neves.
A sentença judicial, datada de 26 de julho de 2019, que decidiu pelo arresto das obras de arte da Associação Coleção Berardo, em depósito no CCB, determinou que o fiel depositário deveria ser indicado pelo Ministério da Cultura em articulação, na medida do necessário, com a FAMC.
É de salientar que, no caso das obras de arte que integram a coleção em depósito no CCB, o tribunal entendeu não indicar expressamente quem deveria ser o fiel depositário, ao contrário do que determinou para as obras de arte que não se encontram no CCB.
Face à necessidade imperiosa da nomeação do fiel depositário, a Ministra da Cultura e três dos cinco membros do Conselho de Administração da FAMC, – Catarina Vaz Pinto, João Nuno Azevedo Neves e Elísio Summavielle – articularam e assinaram um ofício, a 31 de julho de 2019, nomeando como fiel depositário a Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB), na pessoa do seu presidente, Elísio Summavielle. Esta nomeação foi aceite pelo Agente de Execução.
O Ministério da Cultura e os três referidos membros do Conselho de Administração acordaram que a designação da FCCB como fiel depositário é a que melhor interpreta a decisão do tribunal, ao indicar uma instituição, na pessoa do seu presidente, que tem os meios necessários e adequados para garantir a integridade das obras e a sua respetiva fruição pública. De facto, a FCCB, após a designação como fiel depositário, aprovou e implementou um conjunto de normas de segurança e de controlo da movimentação e circulação de obras de arte.