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Comunicados

2018-07-12 às 18h12

Ministro da Cultura lamenta morte de Laura Soveral

O Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, lamenta profundamente a morte de Laura Soveral.
 
Nome incontornável do cinema, do teatro e da televisão, nasceu a 23 de Março de 1933, em Angola. Deu os primeiros passos no teatro em Lisboa, para onde veio estudar Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi em 1964, com o Grupo Fernando Pessoa, dirigido por João d’Ávila, que teve o seu primeiro contacto com a representação.
 
Fez uma reconhecida carreira em vários teatros nacionais e trabalhou com companhias como A Barraca, Teatro Experimental de Cascais, Teatro da Cornucópia ou Novo Grupo/Teatro Aberto, participando em encenações como O avarento, A Casa de Bernarda Alva, O Processo de Kafka, D. Quixote e Primavera Negra.
 
Esteve presente em quase cinquenta anos de cinema português e foi filmada por realizadores de várias gerações, de Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, José Álvaro Morais, João Botelho, Bruno de Almeida, a Miguel Gomes e Marco Martins. Trabalhou de forma regular nos filmes de alguns realizadores, em especial, de Manoel de Oliveira, Fernando Lopes e João Botelho.
 
Os filmes em que foi protagonista marcaram a época em que foram realizados: Uma Abelha na Chuva (1972), de Fernando Lopes e Tabu (2012), de Miguel Gomes. A sua presença em Uma Abelha na Chuva é, aliás, um dos retratos femininos mais fortes de todo o cinema português: intenso, ao mesmo tempo revoltado e sofrido, e de uma enorme inteligência.
 
Laura Soveral fez também uma intensa carreira na televisão, participando em várias telenovelas portuguesas, como Chuva na Areia (1985), Passerelle (1988) e Belmonte (2014), e atuando em séries de ficção tão diversas como Morangos com Açúcar ou O Dia do Regicídio. No Brasil, entrou nas novelas O Casarão e Duas Vidas.
 
Distinguida com inúmeros prémios - como o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa (1968), o Prémio Sophia Carreira da Academia Portuguesa de Cinema (2013) e o Prémio Bárbara Virgínia (2017) - foi uma atriz transversal, com uma carreira ímpar e próxima do público.
 
À Família, enviam-se as mais sentidas condolências.
Áreas:
Cultura