Tem início o novo ciclo da Avaliação Externa das Escolas com a divulgação, na
página da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), dos documentos de enquadramento para esta terceira fase.
A promoção da qualidade do ensino, das aprendizagens e a inclusão de todas as crianças e de todos os alunos são aspetos fundamentais deste novo ciclo, a par da contribuição para um melhor conhecimento público da qualidade do trabalho das escolas.
A Avaliação Externa das Escolas constitui-se como um instrumento para a implementação de processos de melhoria e uma oportunidade para toda a comunidade se apropriar da realidade da sua escola.
Nesta nova etapa foram efetuadas alterações ao modelo utilizado no segundo ciclo de Avaliação Externa das Escolas, num quadro de estabilidade que potencia o conhecimento adquirido entre avaliadores e comunidades educativas.
A estruturação deste modelo, que assenta numa perspetiva holística do objeto de avaliação, contempla quatro domínios: Autoavaliação, Liderança e Gestão, Prestação do Serviço Educativo e Resultados.
A autoavaliação consiste agora num domínio autónomo, à semelhança do que aconteceu no primeiro ciclo da Avaliação Externa das Escolas, dado que na fase seguinte integrou um campo de análise do domínio Liderança e Gestão.
A avaliação da escola concretiza-se em juízos avaliativos apoiados num conjunto vasto de indicadores, que foi substancialmente alargado, tendo nos quatro domínios mais de cem indicadores. Os domínios são classificados de acordo com a seguinte escala: Excelente, Muito Bom, Bom, Suficiente e Insuficiente.
No que respeita às metodologias, mantêm-se a análise de documentação e de indicadores sobre a escola, a aplicação de questionários de satisfação a alunos, profissionais e encarregados de educação, bem como as visitas às escolas e a realização de entrevistas com diversos elementos das comunidades educativas. Considerando que o processo de ensino/aprendizagem constitui o cerne da atividade da escola, foi integrada na metodologia a observação da prática educativa e letiva, a qual deverá incidir, preferencialmente, na interação pedagógica, nas competências trabalhadas e na inclusão de todos os alunos.
O novo ciclo da Avaliação Externa das Escolas, além dos estabelecimentos públicos de educação e ensino - incluindo os do ensino artístico especializado, já anteriormente avaliados - passa a abranger, pela primeira vez, escolas profissionais privadas, estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com contrato de associação ou de patrocínio. Novidade é também o facto de os restantes estabelecimentos de ensino particular e cooperativo poderem solicitar avaliação externa.
A Avaliação Externa das Escolas iniciou-se em 2006 e, já nessa altura, foi baseada em experiências anteriores realizadas na então IGE tal como a Avaliação Integrada das Escolas. O programa lançado em 2006 foi inovador, ao ser alargado a todas as escolas públicas do país. A generalidade das escolas foi avaliada entre 2006 e 2011, no primeiro ciclo, e entre 2012 e 2017, no segundo ciclo.