Saltar para conteúdo

Notícias

2025-06-20 às 7h30

Reforma do Estado e Guerra à Burocracia: um Estado mais simples, mais próximo e mais eficiente

Reforma do Estado e guerra à burocracia
A Reforma do Estado e Guerra à Burocracia é um dos eixos estratégicos da Agenda Transformadora do XXV Governo Constitucional. Assenta na ideia de que o Estado deve ser um aliado — e não um entrave — para quem vive, trabalha e investe em Portugal. É uma agenda ambiciosa e transversal que visa modernizar profundamente o funcionamento da Administração Pública, colocando os cidadãos, as empresas e os territórios no centro da ação governativa.

Um Estado ao serviço das pessoas
O Governo quer um Estado mais ágil, digital, transparente e coeso, que responda com qualidade e em tempo útil às necessidades de quem dele depende. Para isso, avança com reformas estruturais em quatro dimensões principais: simplificação administrativa, digitalização, reorganização institucional e orçamental, e valorização dos trabalhadores da Administração Pública.

Simplificação e combate à burocracia
Aceleração dos regimes de licenciamento, autorização e contratação pública, com menos pareceres e mais deferimento tácito;
Introdução de "sunset clauses" que extinguem exigências em caso de inação da Administração;
Eliminação de redundâncias e simplificação dos procedimentos para empresas e entidades sociais;
Participação da sociedade civil na reengenharia de processos administrativos;
Reforma do controlo financeiro com enfoque na responsabilização;
Aceleração da justiça administrativa e fiscal;
Criação de pontos únicos de contacto, físicos e digitais, para cidadãos e empresas;
Cultura de avaliação sistemática de políticas públicas com base em dados e evidência;
Portal público com estatísticas de cumprimento de prazos por entidade;
Realização de testes de impacto burocrático obrigatórios antes de nova legislação ou regulação.

Digitalização da Administração Pública
Expansão dos serviços 100% digitais, com recurso a IA, mantendo apoio presencial para quem precisar;
Interoperabilidade entre serviços, fim da duplicação de pedidos de informação ("só uma vez");
Desmaterialização de processos e validação automática com IA;
Implementação da Estratégia Digital Nacional, alinhada com a "Década Digital 2030" da UE;
Execução da Agenda Nacional para a Inteligência Artificial, promovendo produtividade, inovação e qualificação transversal;
Avaliação exaustiva de todos os processos administrativos, com eliminação dos desnecessários.

Reforma orgânica, institucional e orçamental
Extinção de secretarias-gerais setoriais, reforço da especialização técnica e serviços partilhados;
Eliminação de estruturas duplicadas, observatórios e grupos redundantes;
Criação da figura do Diretor de Sistemas de Informação da Administração Pública (CIO), para liderar a transformação digital de forma integrada;
Revisão da governação do setor empresarial do Estado, alienando participações não estratégicas;
Aprofundamento da descentralização de competências, com reforço da coesão e meios financeiros adequados;
Deslocalização gradual de serviços centrais do Estado para regiões fora de Lisboa, aproximando a Administração dos cidadãos;
Exercício global de revisão da despesa pública, com partilha de poupanças com os serviços e trabalhadores;
Implementação de orçamentação por programas, com objetivos, metas e indicadores claros.

Valorização dos trabalhadores da Administração Pública
Conclusão da revisão das carreiras gerais, conforme acordado com os sindicatos;
Valorização dos cargos dirigentes e trabalhadores mais qualificados;
Adoção de mecanismos para atrair jovens altamente qualificados com percursos de progressão rápida;
Compensação pelo desempenho individual e coletivo dos trabalhadores;
Avaliação baseada no mérito e não apenas na antiguidade;
Promoção de formação de excelência e reforço da literacia digital;
Avaliação global de recursos humanos por setor e função, com políticas ativas de redistribuição de trabalhadores;
Criação de uma nova entidade integrada para as políticas de pessoas na Administração Pública (fusão da DGAEP, INA, SSAP e articulação com a CRESAP), abrangendo seleção, formação, avaliação, compensação e conhecimento.

Esta transformação profunda do Estado visa criar uma Administração Pública mais eficiente, profissional, transparente e próxima. Um Estado que acompanha o país e os seus cidadãos, em vez de os atrasar. Um Estado que liberta, em vez de prender.

Está na Agenda. Está no Programa. Está a acontecer.