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2025-09-04 às 15h29

Primeiro-Ministro: "Esta é uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente"

Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, e Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, na declaração após o Conselho de Ministros, Lisboa, 4 setembro 2025 (Mariana Branco)
Estão confirmados 16 mortos e cinco feridos em estado crítico no acidente de quarta-feira com o elevador da Glória, em Lisboa. 

Numa declaração após a reunião do Conselho de Ministros, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, expressou a sua profunda consternação e transmitiu às famílias das vítimas a solidariedade do Estado português, sublinhando que "Portugal está unido neste momento de dor".

O Chefe do Governo destacou que o Executivo acompanhou a situação desde a primeira hora, em estreita articulação com o Presidente da República e com a Câmara Municipal de Lisboa. Manifestou também o seu reconhecimento pelo trabalho de todas as equipas envolvidas no socorro, desde bombeiros e profissionais de saúde até às forças de segurança, recordando que a resposta imediata permitiu salvar vidas e impedir que a tragédia tivesse proporções ainda mais devastadoras.

Sublinhou igualmente a coordenação entre várias áreas governativas na resposta a esta tragédia, envolvendo o Ministério da Administração Interna, o Ministério da Saúde, o Ministério da Justiça, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e com o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses.

O Primeiro-Ministro anunciou ainda que estão a ser mobilizados todos os meios para apoiar os familiares das vítimas. O Instituto de Registo e Notariado vai disponibilizar uma equipa em Lisboa para acelerar os registos de óbito e assegurar um atendimento prioritário. Também a TAP se disponibilizou para prestar apoio logístico, assegurando o transporte para território nacional de familiares que se encontrem no estrangeiro, bem como o repatriamento de feridos e a trasladação dos corpos das vítimas mortais. Através dos serviços competentes, nomeadamente do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo está em contacto direto com as famílias nacionais e estrangeiras, sempre que as identificações das pessoas e das nacionalidades vão sendo confirmadas.

Quanto às causas do acidente, o Primeiro-Ministro garantiu celeridade nas investigações. Explicou que ainda hoje serão divulgados todos os detalhes sobre as diligências em curso, que envolvem a Polícia Judiciária, o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, o Serviço Nacional de Saúde e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários.

"Portugal é e sempre foi uma nação feita de coragem. Portugal está unido neste momento de dor", concluiu.