A candidatura ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biénio 2027-2028 apresenta a visão estratégica do País, estruturada em torno de três prioridades fundamentais — Prevenção, Parceria e Proteção — e reflete o compromisso português com o multilateralismo num contexto internacional cada vez mais desafiante.
Portugal reforçou a sua visão estratégica para a paz e segurança internacionais, sublinhando a necessidade de um Conselho de Segurança das Nações Unidas preparado para responder aos desafios globais atuais e futuros.
Num contexto internacional marcado pelo aumento de tensões, conflitos armados e ameaças emergentes, o
Primeiro-Ministro, Luis Montenegro, afirma que "o nosso mundo enfrenta grandes desafios de natureza transnacional e de complexidade, cada vez maior" e nenhum Estado consegue, isoladamente, dar resposta eficaz a estes desafios, defendendo uma abordagem multilateral assente na cooperação e no respeito pelo direito internacional.
O multilateralismo mantém-se como um pilar estruturante da política externa portuguesa. Portugal tem assumido uma defesa intransigente da sustentabilidade dos oceanos, da promoção dos direitos económicos e sociais e do reforço do direito internacional, em estreita articulação com a Organização das Nações Unidas.
A experiência acumulada - nos últimos 65 anos, ao longo de mais de 20 missões efetivas em Missões de Manutenção da Paz da ONU, é apontada como prova do contributo consistente do país para a paz mundial.
"Fomos membros do Conselho de Segurança no passado e estamos prontos a servir a comunidade internacional", afirmou Luis Montenegro, sublinhando que os valores e princípios nacionais permanecem inalterados: a defesa da Carta das Nações Unidas, do direito internacional, da manutenção da paz e da promoção da independência, da empatia e da justiça.
Reconhecendo a evolução constante do sistema internacional, Portugal assume igualmente a necessidade de adaptação. Caso seja eleito, o país compromete-se a investir na diplomacia preventiva, a aprofundar o trabalho do Conselho sobre ameaças emergentes, como as alterações climáticas, e a promover um Conselho de Segurança mais transparente, aberto e cooperante com outros organismos da ONU.
Com o apoio da comunidade internacional, Portugal defenderá um Conselho de Segurança apto para servir os seus objetivos: prevenir conflitos, cooperar com todas as partes e proteger a paz.