Portugal apresenta-se na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que decorre entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém do Pará, no Brasil, com um pavilhão nacional concebido pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, numa parceria entre o Ministério do Ambiente e Energia e a Casa da Arquitetura – Centro Português de Arquitetura.
Pela primeira vez, o País apresenta um pavilhão personalizado, integralmente desenhado com materiais portugueses, e que se afirma como símbolo da ligação entre arquitetura, cultura e sustentabilidade.
O espaço, com 150 m² e duas frentes, inclui uma zona de auditório, uma área de networking e uma zona técnica de apoio. A comunicação visual será apoiada por uma LED wall, complementada por mobiliário de autor desenhado por Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura.
A abertura do Pavilhão de Portugal, no dia 10 de novembro, conta com a atuação do cantor António Zambujo, um dos mais reconhecidos intérpretes da música portuguesa contemporânea. A sua presença reforça a dimensão cultural da participação nacional na COP30, sublinhando o papel da língua e da criação artística como formas de promover a identidade lusófona e o diálogo entre povos na ação climática global.
A Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, afirmou que "o Pavilhão de Portugal é um espaço aberto, de língua portuguesa, que acolherá iniciativas de empresas, universidades, politécnicos, organizações não-governamentais e também projetos de países da CPLP. É um espaço para partilhar conhecimento, cultura e soluções — e onde o fado e a inovação vão encontrar-se sob o mesmo teto".
Maria da Graça Carvalho sublinhou ainda que "Portugal quer ser um país construtor de pontes — também no clima. A arquitetura portuguesa, pela sua qualidade e identidade, representa a nossa capacidade de criar com responsabilidade e de inspirar a transição energética e ambiental global."
A COP30 é a primeira conferência do clima organizada num país de língua portuguesa e coincide com o 10.º aniversário do Acordo de Paris e os 20 anos da entrada em vigor do Protocolo de Quioto.
Para Portugal, esta presença reforça o compromisso com a ação climática global e com a valorização da língua portuguesa como veículo de conhecimento, cultura e cooperação internacional.
Durante os 12 dias da conferência, o Pavilhão de Portugal acolherá sete eventos diários, com debates sobre clima, oceanos, água e energia, e com momentos dedicados à cultura e à ciência lusófona — um espaço de encontro, diálogo e inspiração para a comunidade global.