Número de crianças institucionalizadas diminuiu em 2024

O número de crianças e jovens institucionalizados diminuiu em 2024, segundo o Relatório CASA, divulgado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

De acordo com o documento, 88,5% das crianças e jovens em perigo permaneceram no seu meio natural de vida, registando-se uma redução de cerca de uma centena de situações de acolhimento, que passaram de 6.446 em 2023 para 6.349 em 2024.

A diminuição verificou-se sobretudo nas casas de acolhimento, que acolheram 5.678 crianças em 2024 (menos 305 face ao ano anterior). Em contrapartida, aumentou o número de crianças e jovens em famílias de acolhimento (361 em 2024, mais 37% do que em 2023) e em apartamentos de autonomização (310 em 2024, mais 55% face a 2023).

O Governo tem reforçado a aposta no acolhimento familiar, medida alternativa à institucionalização que garante segurança, afeto e um desenvolvimento saudável, destacando-se a campanha lançada em 2023 que já resultou em cerca de 800 manifestações de interesse por parte de famílias.

Também os apartamentos de autonomização têm vindo a crescer, apoiando jovens entre os 15 e os 21 anos em risco na sua transição para a vida adulta.

Segundo o relatório, mais de 68% das crianças e jovens que cessaram o acolhimento regressaram à família, enquanto 17,2% foram integrados em famílias adotivas.

O Relatório CASA 2024 caracteriza as crianças e jovens em situação de acolhimento, familiar e residencial, e contou com o contributo das próprias crianças e jovens, das suas famílias e dos profissionais das casas de acolhimento.