A Assembleia da República aprovou hoje a revisão da Lei da Nacionalidade, uma reforma que reforça os critérios de atribuição da cidadania portuguesa e valoriza a integração efetiva na comunidade nacional.
Durante o debate que antecedeu a votação, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que "Portugal fica mais Portugal" com esta reforma, sublinhando que a nacionalidade é um dos pilares fundamentais do país, por definir quem é português e a quem são reconhecidos direitos e deveres de cidadania plena.
A revisão agora aprovada responde aos desafios colocados pela evolução demográfica e migratória dos últimos anos e procura garantir maior rigor, transparência e segurança jurídica no sistema de nacionalidade.
Entre os principais objetivos da lei destacam-se:
• Assegurar maior tempo de integração para aquisição da nacionalidade
• Reforçar a exigência de residência legal em Portugal
• Garantir conhecimento da língua, dos valores e da cultura portuguesa
• Reforçar mecanismos de controlo e verificação de requisitos
• Proteger a coesão social e a identidade nacional
Segundo o ministro da Presidência, esta é uma lei "moderna, justa e responsável", que mantém Portugal como um país aberto ao mundo, mas com critérios claros e equilibrados, alinhados com as melhores práticas europeias e internacionais.
"Não basta querer ser português no papel ou no passaporte. É preciso sê-lo na língua, nos valores e na comunidade que se integra plenamente", afirmou.
O Governo considera que esta aprovação constitui um passo decisivo para uma política de nacionalidade que reforça a confiança dos portugueses no sistema e valoriza o vínculo real a Portugal, hoje e para as próximas gerações.