A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, que acompanha o Primeiro-Ministro em Belém, defendeu que a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30) terá de ter "resultados concretos" e não apenas "grandes negociações" e "grandes declarações". A Ministra admitiu que o mundo "está muito aquém dos objetivos" do Acordo de Paris e espera que na conferência "se faça um esforço para ir mais além" na redução de emissões.
Maria da Graça Carvalho identificou três áreas essenciais para a Conferência: mitigação (redução de emissões de gases com efeito de estufa), adaptação (estratégia global de cooperação) e transição justa (apoio aos países com mais dificuldades).
A governante salientou o exemplo de Portugal na conversão da dívida de Cabo Verde em apoio à ação climática, modelo que será replicado com São Tomé e Príncipe. Portugal conseguiu que a Comissão Europeia considere esse esforço na redução nacional de emissões, até um valor de 3%: "é mais um incentivo para continuar com estes sistemas de conversão da dívida, que é bom para Portugal, mas é muito bom para os países com que estamos a fazer essa conversão", afirmou.
A cimeira de líderes, reúne mais de meia centena de chefes de Estado e de Governo, antecedendo a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que decorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro.