Estimados Compatriotas,
Portugueses,
Desejo a todos um Natal Feliz, vivido junto das vossas famílias e faço votos para que o novo ano vos traga saúde e realização.
Nesta quadra, deixo uma palavra especial aos que se encontram sozinhos ou que vivem momentos de maior fragilidade.
Não nos esquecemos dos mais idosos que vivem em solidão, dos que são vítimas de violência (muitas vezes dentro das suas próprias casas), dos que sofrem problemas de saúde, dos que vivem situações de pobreza.
A todos, quero assegurar que não estão esquecidos e que trabalhamos todos os dias para vos abrir uma oportunidade de saírem dessa situação.
Hoje quero igualmente deixar um reconhecimento particular aos que nestes dias festivos garantem a nossa segurança, os serviços essenciais e o nosso bem-estar coletivo.
Profissionais de saúde, dos transportes, bombeiros, forças de segurança, militares, jornalistas e todos os que contribuem com o seu trabalho nestes dias para que todos nós possamos usufruir em família da magia dos encontros de Natal.
Quero ainda lembrar as famílias dos que vivem tantas guerras, como em África, no Médio Oriente, ou na Ucrânia e todos os ataques aos direitos humanos que sentimos como ataques a todos nós.
Caros amigos,
A Família Portuguesa, enquanto país e nação, tem motivos para se reunir e olhar com Esperança para o futuro.
Neste final do ano de 2025, podemos olhar para o próximo ano com mais razões para acreditar que estamos no caminho certo.
No caminho do crescimento, da estabilidade, da execução de uma agenda transformadora que está a tornar-nos mais fortes e mais resilientes.
Portugal é hoje uma referência a nível europeu e mundial.
Os rendimentos dos portugueses estão a subir e a nossa economia a crescer consistentemente acima da média europeia.
O ano passado fomos mesmo o país da OCDE em que os trabalhadores mais viram crescer o seu rendimento por via do aumento dos salários e da descida dos impostos sobre o trabalho.
Isto mostra que a distinção que recebemos da revista The Economist, de sermos a economia do ano em 2025, não é um prémio teórico.
A solidez económica que estamos a construir assenta num modelo de salários mais altos e impostos mais baixos.
Este caminho carece de coragem política e capacidade reformista. Precisamos de ser mais eficientes e mais produtivos para atingirmos novos patamares de crescimento que tragam também novos patamares de rendimento.
Estamos a cumprir todos os nossos objetivos e compromissos em matérias de emprego e salários.
Mas, com as condições que temos:
Crescimento económico;
Estabilidade Financeira;
Segurança;
Recursos humanos qualificados;
Apetência para as novas tecnologias;
Uma excelente localização geoestratégica;
Capacidade de diálogo no contexto internacional;
Temos tudo para elevar a fasquia e fixar novas ambições.
Novas ambições no funcionamento da administração, como já estamos a fazer com o processo de simplificação e reforma do estado.
E novas ambições salariais, como resultado de uma agenda transformadora que, com a sua visão estratégica e estruturante, nos permitirá sermos mais produtivos e eficientes.
É este o caminho da nossa governação.
Caros compatriotas,
Na situação em que estamos, temos duas opções de caminho.
Ou nos contentamos com esta circunstância, em que estamos bem, mas sabemos que, se nos mantivermos assim, a médio prazo vamos perder face à evolução dos outros;
Ou aproveitamos a situação em que estamos e tratamos já de garantir a nossa própria evolução para continuarmos a crescer mais do que os outros no futuro.
É a diferença entre "jogar para empatar" ou ter a mentalidade vencedora de "jogar sempre para ganhar".
Uso esta metáfora desportiva porque ela expressa bem a opção que temos diante de nós.
E quero dizer-vos que a minha opção e do governo é claramente a segunda.
Estamos num momento histórico em que temos de nos desprender da mentalidade do "deixa andar" e temos de adquirir e trabalhar a mentalidade da superação.
A mentalidade do irmos mais longe e nos afirmarmos pela excelência.
A mentalidade de não deixarmos para amanhã o que podemos fazer hoje.
A mentalidade de não só fazermos diferente, mas de fazermos a diferença.
A mentalidade de trabalharmos e desenvolvermos o nosso talento.
A mentalidade "Cristiano Ronaldo".
Os portugueses têm talento.
Os portugueses, em várias áreas de atividade, vão pelo mundo e têm desempenhos extraordinários. Desde as áreas científicas e de investigação, até ao mais humilde operacional, não faltam exemplos de portugueses excelentes pelo mundo fora.
A nossa obrigação histórica é promover essa excelência cá dentro e estimular essa mentalidade em que todos nós, cada um na sua tarefa, no seu emprego, na sua posição, dá o seu melhor para que no fim todos possamos ficar melhores.
Por mim, quero dizer-vos que é para isso que governo e é por isso que aqui estou.
Para sermos um país que cria mais riqueza e, assim, a transforma em projetos de vida mais felizes, mais realizados.
Um país melhor para todos a partir da melhor condição de cada um.
Esta mentalidade arrasta todos e não deixa ninguém para trás.
Criar riqueza é o melhor caminho para combater a pobreza.
E é também já isso que está a acontecer a Portugal.
Um país com mais crescimento pode subir os salários, pode subir as pensões, pode apoiar a compra de medicamentos para quem mais precisa, pode negociar melhores carreiras profissionais, pode investir mais na habitação, na educação e investir melhor na saúde.
Um país com mais crescimento pode proteger o seu património, as suas riquezas naturais, pode ser mais coeso e garantir justiça, mobilidade, a segurança e defesa do seu território e das suas infraestruturas essenciais e críticas.
Portugueses,
A criação de riqueza é o meio para sermos uma sociedade com mais justiça, com mais liberdade e com mais felicidade.
Mas como diz o nosso povo, "as coisas não caem do céu".
Este caminho implica coragem, resistência, capacidade de diálogo e sentido de unidade nacional.
Não temos de estar todos de acordo, mas temos de compreender que não é a nossa posição individual o mais importante. O mais importante é o interesse do país que se reflete depois no interesse de cada cidadão.
Agora que vamos ter cerca de três anos e meio sem eleições nacionais é a altura de todos nos focarmos em cumprir a nossa responsabilidade e fazer tudo para garantir a Portugal e a cada português um futuro mais próspero.
Neste Natal, a melhor prenda que podemos dar a cada um de nós é Acreditar mais em Portugal.
Acreditar é transformar.
Acreditar é não desistir.
Acreditar é não ter medo, nem amedrontar.
Acreditar é ser corajoso, mas ser justo.
Acreditar hoje é sermos mais fortes amanhã.
Acreditar é não deixar ninguém para trás, mas não deixar de andar para a frente.
Nós temos tudo para Acreditar mais em Portugal.
Um Santo Natal para todos, estejam onde estiverem.
Um Natal com orgulho de sermos portugueses e esperança em Portugal.