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O Primeiro-Ministro Luís Montenegro afirmou hoje que "é justo reconhecer que há um Portugal antes e um Portugal depois de Cavaco Silva", durante a cerimónia de homenagem ao antigo Chefe do Governo e Presidente da República, no 40.º aniversário da sua tomada de posse como Primeiro-Ministro.
Luís Montenegro destacou os 10 anos de governação de Cavaco Silva como "o ciclo de governação mais proveitoso da nossa democracia", que "marcou muitas gerações e marcou, sobretudo, a minha", realçando que pôde beneficiar das "oportunidades que as transformações que o país estava a empreender possibilitaram em termos de afirmação de projetos de vida e de busca de sonhos".
O Primeiro-Ministro sublinhou as "decisões corajosas" e o "conjunto muito extenso e coordenado de reformas" que "construíram as bases de um Portugal moderno, virado para o futuro, que finalmente almejou estar ao nível dos países mais desenvolvidos da Europa".
Os três Governos liderados por Cavaco Silva foram também "uma marca de afirmação e reconhecimento internacional" de um país que consolidava a sua democracia e aspirava ao desenvolvimento. Montenegro lembrou ainda que Cavaco Silva foi "um político que teve uma relação com o povo como mais nenhum outro teve, que foi sufragado pelo povo como mais nenhum até hoje", não esquecendo o papel de Maria Cavaco Silva, que "teve um percurso político mais discreto, mas muito importante".
"É uma honra poder dizer ‘obrigado’ por tudo o que fez, mas também pela inspiração que nos lega — e que nos exige estar à altura da mesma responsabilidade num contexto diferente", afirmou.
Paralelos com o presente
Luís Montenegro traçou ainda paralelos entre os desafios que Cavaco Silva enfrentou e os que hoje se colocam ao país: a necessidade de investir em novas infraestruturas estratégicas, de acelerar a desburocratização e de garantir "uma verdadeira igualdade de oportunidades".
Para alcançar esses objetivos, reforçou, "é preciso credibilidade, previsibilidade, confiança, estabilidade" e a devolução às instituições do Estado "do seu prestígio, da sua indispensabilidade para o cumprimento da democracia e para a afirmação do nosso papel na Europa e no mundo".
Sublinhando que Portugal é hoje "um país ouvido e respeitado, que vai muito além da sua dimensão territorial e económica", o Primeiro-Ministro referiu que "pode ombrear, à escala europeia, com qualquer outro" e que tem mesmo "uma respeitabilidade económica e financeira superior à de grandes potências europeias".
"Do ponto de vista da inspiração governativa, da forma de estar, de liderar e coordenar o Governo, a minha referência é Cavaco Silva", disse ainda Luís Montenegro, concluindo que também hoje se sente "a responsabilidade de sermos um farol que dá ao país a orientação do rumo que queremos seguir, com o intuito de não deixar nenhum português para trás e de dar a todos as mesmas oportunidades".
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