O Conselho de Ministros aprovou o decreto de luto nacional de dois dias pela morte do antigo Primeiro-Ministro Francisco Pinto Balsemão, a cumprir a 22 e 23 de outubro. Pinto Balsemão morreu no dia 22 de outubro, aos 88 anos.
O Primeiro-Ministro Luís Montenegro lembrou Pinto Balsemão como alguém que conseguiu "transformar a vida do país e consumar em decisões políticas os princípios de valorização da iniciativa privada, de respeito pelos valores e direitos fundamentais dos cidadãos, o acesso à saúde, à educação, à mobilidade, o à habitação, como instrumentos de dignidade da pessoa e de promoção de uma verdadeira igualdade de oportunidades".
"A fundação, nomeadamente do Expresso e depois mais tarde do grupo Impresa, são boas demonstrações da vontade que a personalidade de Francisco Pinto Balsemão sempre teve, para além da intervenção política direta através da instituição que fundou, o PSD, através dos cargos públicos que desempenhou, também na sua vida profissional acabou por dinamizar e aprofundar a nossa democracia", afirmou Luís Montenegro.
Pinto Balsemão foi defensor da liberdade tendo fundado, em 1973, o semanário Expresso, ainda durante a ditadura marcelista, que teve importante papel durante a tentativa de instauração de uma ditadura comunista, em 1975. Fundou posteriormente a SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e o grupo de comunicação social Impresa.
Antes do 25 de Abril foi deputado à Assembleia Nacional pela Ala Liberal, tendo defendido a democratização do regime, e logo após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata (PSD). Chefiou dois Governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi, até agora, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.