O Primeiro-Ministro Luís Montenegro esteve reunido com o Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, tendo anunciado a realização da cimeira luso-moçambicana em 8 e 9 de dezembro, em Portugal, na conferência de imprensa conjunta, em Lisboa.
Luís Montenegro afirmou que "estamos numa primeira fase do ciclo político, que se iniciou com a eleição do Presidente Daniel Chapo, e também estamos numa primeira fase do ciclo político que se iniciou com a reeleição do atual Governo português. Portanto, estamos ambos na condição de podermos emprestar uma nova energia à relação entre os governos, entre os países e entre os povos de Portugal e de Moçambique".
"Não há melhor expressão desta vontade de dar este novo impulso às nossas relações do que retomarmos a realização destas cimeiras bilaterais", disse, acrescentando que na cimeira se procurará "desenvolver os instrumentos de cooperação em áreas como a saúde, a educação, a mobilidade, a segurança e a Defesa".
O Governo português também "tudo fará para criar os instrumentos apropriados no sentido de desenvolver mais trocas comerciais e, também, mais investimentos".
"Temos cerca de 400 empresas portuguesas em Moçambique e a nossa vontade é que possam ter um volume de negócios ainda maior e possam também juntarem-se a elas mais algumas", disse.
O Primeiro-Ministro disse que o Governo português tem "acompanhado, com espírito positivo e com esperança nos resultados, todo o processo de estabilidade política e de implementação de reformas e transformações em Moçambique, que são um esteio para podermos empreender este reforço da cooperação económica e do investimento empresarial. É isso que poderá dinamizar não só a continuação de muitos dos setores de atividade que têm marcado essa presença, como também podermos abrir novos setores e novas oportunidades", salientou.
Luís Montenegro disse ainda que "Portugal continua fortemente comprometido em apoiar politicamente, financeiramente, o Estado moçambicano para diminuir a instabilidade e o incremento de práticas terroristas. Acompanhamos as diligências com vista a ultrapassar a situação em Cabo Delgado, tanto de forma direta e bilateral, como ao nível da União Europeia, onde temos, de resto, sido insistentes na defesa da continuidade do respetivo apoio financeiro".