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2023-05-02 às 17h23

Tavira e Loulé são bons exemplos no uso de fundos europeus

Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visita as obras de recuperação da Igreja de Santa Maria, Tavira, 2 maio 2023
Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visita as obras do Centro de Meios Aéreos do Cachopo, Tavira, 2 maio 2023
Em visita por alguns dos investimentos apoiados por fundos europeus na Região do Algarve, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, começou o dia na Serra do Caldeirão, para conhecer as obras do Centro de Meios Aéreos de Cachopo. 

Esta freguesia, do Município de Tavira, vai ter operacional já no mês de junho uma nova pista de helicópteros que, em conjunto com o edifício de apoio para bombeiros e pilotos, vai permitir no futuro um dispositivo permanente para prevenção e combate a incêndios em plena serra algarvia.  

Ana Abrunhosa disse que este «investimento, orçado em 2,3 milhões de euros», é o exemplo» de uma «excelente aplicação de fundos europeus»: «Temos aqui o edifício que vai servir para a Proteção Civil» e «para uma equipa que acompanhe o combate a incêndios». 
 
A Ministra destacou ainda o facto de se tratar de «um projeto financiado com fundos europeus da cooperação transfronteiriça, que aprofundará o trabalho conjunto entre o Algarve e a província espanhola de Huelva» e que atesta o esforço conjunto que os dois países estão a fazer em matéria de Proteção Civil. 

O trabalho realizado no âmbito da Proteção Civil vai envolver, para além do edifício de apoio e da pista para helicópteros, a partilha de boas práticas e a formação: «Na área da proteção civil, a cooperação com Espanha está muito avançada. Nós partilhamos uma fronteira, mas infelizmente o fogo não conhece fronteiras», disse. 
 
Referindo que Cachopo se localiza numa zona de serra, a 40 quilómetros do litoral e da sede de concelho, Ana Abrunhosa disse que o Centro de Meios Aéreos permitirá dar uma resposta mais rápida em caso de incêndio florestal. Acresce também novas componentes de «pedagogia para a população e para os agentes do território» e «formação para os profissionais».

Outro dos objetivos deste Centro é que possa, no futuro, passar a ser «uma infraestrutura definitiva», em vez de ficar operacional apenas durante o período de maior risco de incêndios: «Em vez de viverem em instalações provisórias, este edifício vai permitir que os profissionais aqui pernoitem e que haja um dispositivo permanente, o que é muito importante, uma vez que deixámos de ter um calendário previsível para incêndios e para ocorrências extremas», afirmou.

Ana Abrunhosa destacou ainda o facto de o calor extremo ter vindo a aumentar os níveis de seca, o que combinado com a falta de chuva, incrementa o risco de incêndio para épocas fora do habitual período crítico.

«Com as alterações climáticas, sentimos que já não há um calendário que divide o período de risco elevado do período de risco baixo. Necessitamos de infraestruturas permanentes, mesmo que devam ser reforçadas nos períodos de maior risco», referiu.

Este projeto, há anos desejado pela autarquia, deverá estar totalmente concluído até setembro.
 
Requalificação urbana no centro de Tavira

A Ministra teve ainda oportunidade de conhecer o novo Cineteatro António Pinheiro, que está em fase final de acabamentos, uma das maiores obras do PT2020 da Região do Algarve, e que vai devolver ao território um espaço nobre para a cultura. 

Desenhado para ser tão multifuncional quanto possível, vai acolher concertos, espetáculos, exposições, cinema e permitir um maior dinamismo cultural aos habitantes e visitantes do Município.
 
Visitou ainda a Igreja Matriz de Santa Maria, uma das 22 igrejas de Tavira e um tesouro nacional que está presentemente a passar por um período de restauro da estatuária, pinturas e retábulos. A Igreja, fundada em 1242 no local de uma antiga Mesquita, sofreu danos profundos com o terramoto de 1755 e foi reconstruída em estilo Neoclássico, mas com uma harmoniosa mistura dos estilos Gótico, Barroco e Manuelino e profundo respeito pela sua História. É Património Nacional desde 1910. 

Loulé

Ana Abrunhosa foi também conhecer o novo investimento do parque aquático Aquashow, que abriu recentemente o primeiro espaço indoor da Península Ibérica. Este complexo, que integra também uma unidade hoteleira, oferece agora diversão e bem-estar num espaço que permite o seu uso durante o ano inteiro, o que permitiu já aumentar a ocupação do hotel em quase 200% fora da época alta. 

Para além do impacto muito positivo na economia regional (o Aquashow emprega 150 pessoas, número que duplica no verão), o novo investimento é também um bom exemplo em termos ambientais. Com o novo sistema de abastecimento e circulação de água, o complexo já poupa nove mil metros cúbicos/ano, e consegue o aquecimento das águas usadas nas piscinas através de energia autoproduzida.