O Primeiro-Ministro António Costa recebeu o presidente do PSD, o maior partido de oposição, Luís Montenegro, da residência oficial do Primeiro-Ministro, em Lisboa.
António Costa, numa breve declaração no final de reunião, afirmou que a questão do novo aeroporto de Lisboa ocupou «uma pequena parte da reunião», tendo ficado marcada para breve nova reunião para tratar deste assunto.
«É uma matéria, como é sabido, que há várias décadas o País tem por decidir e sobre a qual, com a crescente procura de viagens com destino a Portugal – e em particular à região de Lisboa -, é importante que haja acordo», disse.
O Governo transmitiu ao líder da oposição a informação disponível, tendo Luís Montenegro transmitido «o trabalho que está a ser feito no PSD para que brevemente haja uma nova conversa sobre o assunto», pois «o PSD tem o seu próprio processo de decisão».
Alternativas
O Primeiro-Ministro disse ainda que «o normal em democracia é que os partidos construam alternativas para apresentar aos portugueses».
«Uma das grandes forças da democracia em Portugal foi ser capaz, até agora, de sempre tornar possível aos portugueses decidirem nas eleições se querem este ou aquele caminho. Compete aos dois maiores partidos construírem os melhores caminhos para apresentarem aos portugueses. Vamos ter agora anos de estabilidade política e os portugueses vão escolher em outubro de 2026 se querem continuar este caminho ou outro», disse.
Acordos
No entanto, «há matérias em relação às quais, é importante que haja acordos», disse, apontando que «Portugal tem uma grande credibilidade internacional fruto de possuir uma enorme estabilidade e continuidade na sua política externa, que apenas se quebrou na invasão do Iraque».
Também o objetivo de finanças públicas sãs é comum às maiores forças políticas, tratando-se igualmente «de um fator de credibilidade externa do País».
António Costa lembrou que, desde que se candidatou a Primeiro-Ministro, insistiu que «é muito importante que haja um grande consenso nacional relativamente às grandes infraestruturas». «São obras que duram para décadas, dificilmente começam e acabam numa legislatura e o País não pode estar sempre a mudar de posição sobre essas matérias», sublinhou.
Na legislatura entre 2015 e 2019, «foi muito importante que o Plano Nacional de Infraestruturas, no qual se tomaram decisões fundamentais, tivesse sido aprovado por mais de três quartos dos deputados».