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Histórico XXIII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2022-10-29 às 17h01

Primeiro-Ministro destaca crescente ligação cultural e económica entre Portugal e França

Encerramento da Temporada Cruzada Portugal-França 2022
Primeiro-Ministro, António Costa, recebe a Primeira-Ministra da República francesa, Elisabeth Borne, por ocasião do encerramento da Temporada Cruzada Portugal-França 2022, 29 outubro 2022 (foto: António Cotrim/ Lusa)

O Primeiro-Ministro, António Costa, destacou o crescimento da ligação cultural entre Portugal e França, por ocasião do encerramento da programação cultural conjunta entre os dois países, que decorreu desde fevereiro e termina no dia 30 de outubro.

Numa declaração feita na presença da Primeira-Ministra francesa, Elisabeth Borne, António Costa disse que a programação da Temporada Cruzada Portugal-França 2022 «permitiu aos públicos português e francês conhecerem melhor ainda aquilo que é a produção cultural de cada um dos países», numa ligação que envolveu «mais de 400 artistas, mais de 4 mil profissionais do setor da cultura, em mais de 200 eventos e 150 cidades e vilas».

Primeira visita oficial de Elisabeth Borne

O Primeiro-Ministro fez questão de agradecer a distinção que representou a escolha de Portugal para a primeira visita oficial da homóloga francesa. «Quero agradecer e sublinhar o facto de Portugal ter sido o destino da sua primeira visita oficial enquanto Primeira-Ministra», afirmou, acrescentando ainda que «estas ligações são excelentes do ponto de vista político, são cada vez melhores do ponto de vista económico e, como se viu, esta ligação cultural é muito forte».

«Esta programação cruzada na área da cultura sublinhou aquilo que de mais importante partilhamos e que tem a ver com os valores que são essenciais afirmar no momento em que a Europa é marcada de novo pela guerra, em virtude da invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Esta guerra tem colocado inúmeros desafios às democracias europeias e à União Europeia. Exige cada vez mais um reforço da cooperação entre os nossos países. Nesse sentido, creio que a França, a Espanha e Portugal deram um bom exemplo recentemente, ao terem chegado a acordo sobre a divergência que existia relativamente à interconexão centrada no gás e agora vocacionada para termos um corredor verde para as energias do futuro», afirmou António Costa, que salientou também a ligação económica entre Portugal e França.

Reforço da cooperação  entre Portugal e França

«Quer as empresas portuguesas têm investido mais em França, quer as empresas francesas crescentemente têm investido mais em Portugal, contribuindo para a criação de emprego qualificado. As exportações entre os dois países têm prosseguido a um bom ritmo e, cada vez mais, as relações interpessoais se têm desenvolvido, já não só através da comunidade portuguesa residente em França, mas também de uma crescente comunidade francesa residente em Portugal, que é muito bem-vinda e que tem seguramente contribuído para reforçar as ligações entre os nossos países», disse.

António Costa aproveitou a ocasião para anunciar que «no próximo ano teremos a visita de Estado do presidente Emmanuel Macron a Portugal e, entretanto, os dois Governos irão trabalhar para que possamos reforçar cada vez mais as condições de cooperação entre os nossos países de forma bilateral, no quadro da União Europeia e também à escala global, visto que partilhamos uma visão comum sobre aquilo que deve ser a presença da Europa no conjunto do Mundo e o facto de termos vizinhanças também nas nossas relações externas, designadamente no continente africano».

A Primeira-Ministra de França, Elisabeth Borne, disse que «esta foi uma ocasião para consolidar laços muito fortes entre os nossos dois países. «Graças a exposições, espetáculos e criações, França e Portugal mostraram mais uma vez a dinâmica entre os laços culturais e uma amizade entre Estados e dois povos que se conhecem bem. Existem mais de dois milhões de portugueses a viver em França e mais de 50 mil franceses que estão estabelecidos em Portugal».

Elisabeth Borne afirmou que esta é «uma amizade que assenta em cooperações económica, cultural e educativa ou até estratégica e que se nutre pela confiança e uma leitura comum dos reptos de amanhã».

«Verificamos que esta guerra da Rússia contra a Ucrânia está a ameaçar a nossa democracia. Queremos construir uma Europa mais protetora, mais autónoma», salientou ainda.