Primeira Bienal Cultura e Educação vai decorrer entre março e junho

O Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e o Ministro da Educação, João Costa, apresentaram a primeira Bienal Cultura e Educação, que vai decorrer entre março e junho deste ano.

A iniciativa, de alcance nacional, insere-se no Plano Nacional das Artes (PNA) e cruza diversas áreas artísticas e agrega milhares de jovens e centenas de escolas e de parceiros, de norte a sul do País. Terá como tema «Retrovisor: Uma história de Futuro» e conta, até à data, com a adesão de 414 agrupamentos escolares e 332 projetos e a presença de 92 artistas nas escolas, neste ano letivo, e 440 parceiros.

Durante a sua intervenção, o Ministro da Cultura disse que «há muitas barreiras no acesso à cultura, o que diz muito do nosso potencial cultural», o que «nos diminui enquanto cidadãos» e «ao País do ponto de vista de desenvolvimento».

Pedro Adão e Silva referiu também uma necessidade de uma aprendizagem cultural:

«Ninguém gosta de ópera sem ir à ópera», e «talvez o 'rap' e o 'hip-hop' devam ir às escolas para os jovens gostarem de ópera».

O Ministro disse ainda que «a cultura dá-nos prazer, mas implica aprendizagem, e contrariar as desigualdades», não só socioeconómicas mas também territoriais.

O Ministro da Educação, por sua vez, disse que o PNA vai ao encontro de uma reforma no ensino, encetada na legislatura anterior e que «assenta em três fundamentos: sucesso, inclusão e cidadania».

Para João Costa, o «sucesso» deve ser entendido como «o desenvolvimento integral dos alunos», o que implica «o desenvolvimento da sensibilidade artística».

O Plano dá «mais vontade de ir à escola» e «é um espaço de felicidade», acrescentou.

O PNA, conforme explicou o Comissário do Plano Nacional das Artes, Paulo Pires do Vale, tem por objetivo a promoção de uma cidadania cultural ativa, com uma dupla premissa: o reforço das instituições culturais como território educativo e das escolas como núcleos culturais. 

Começou a ser preparado há quatro anos, tendo realizado, no último ano, sete encontros preparativos.

Tem um orçamento anual de um milhão de euros, inscrito no Orçamento do Estado, repartido pelos dois ministérios.

Sobre Bienal Cultura e Educação, o comissário disse que se trata de «uma festa no País inteiro». 

Visa desenvolver «processos com as comunidades e os territórios» e promover a criação, produção, o acesso e a mediação das artes e do património, para e com jovens e crianças, sendo também dirigida aos professores, pais, mediadores e profissionais do setor cultural e educativo.