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2022-11-22 às 16h33

Portugal reforça financiamento da Agência Espacial Europeia

Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, no Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia, Paris, França, 22 novembro 2022
Os 22 países que integram a Agência Espacial Europeia, incluindo Portugal, vão reforçar o financiamento desta instituição.

Este compromisso foi comunicado pela Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, durante o Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) que se reúne durante dois dias, em Paris.

Numa declaração à agência de notícias Lusa, Elvira Fortunato disse que as expectativas para o encontro são «extremamente positivas», sobretudo depois de ouvir as intervenções iniciais dos seus homólogos:

«Todos concordaram em aumentar o orçamento para a ESA para termos autonomia, em termos europeus, no que concerne toda a área do espaço e, com isso, podermos também alavancar a economia e resolver parte dos problemas que temos», afirmou.

Elvira Fortunato relembrou ainda que Governo vai reforçar o investimento já previsto para os próximos cinco anos em programas da agência.

A Ministra disse que «a Europa tem de ser mais ambiciosa», acrescentando que «não podemos estar continuamente a depender de dados ou de soluções que nos são impostas e vendidas por outros Estados».

Elvira Fortunato explicou que desde 2016, quando Portugal passou a integrar a ESA, o País «tem vindo a aumentar a sua contribuição financeira» e destacou a posição estratégica, sobretudo dos Açores, bem como a participação de investigadores e da indústria portuguesa em programas de desenvolvimento científico e tecnológico.

Num balanço da primeira manhã do Conselho Ministerial, a Ministra destacou a intervenção do diretor-geral da Agência, Josef Aschbacher, as palavras dirigidas às gerações mais novas e o compromisso para a preservação do planeta.

«Vivemos, hoje, uma encruzilhada geracional em que a nossa geração trouxe progresso e prosperidade, mas falhou em ver que o mundo tem limites naturais, e agora esta geração jovem está forçada a resolver o que fizemos mal. Mas temos esperança e a esperança é mais forte do que o medo», acrescentou.

Elvira Fortunato explicou ainda que o espaço tem igualmente um papel no combate às alterações climáticas e na preservação da biodiversidade, através da avaliação e controlo da atmosfera, dos solos e das florestas, possibilitada pelos satélites.

«Isso dá-nos informação muito específica para sabermos em que situação esses territórios se encontram e em que medida os podemos proteger», referiu, apontando, por outro lado, a necessidade de assegurar «um espaço sustentável para uma Terra sustentável», a respeito da gestão e controlo do lixo espacial.