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2023-09-30 às 12h22

Portugal recupera ratings de nível "A" ao fim de 12 anos

Ratings de níveis "A" permitem a Portugal vender a sua dívida pública a um conjunto mais alargado de investidores internacionais

A agência de notação financeira Fitch melhorou esta sexta-feira o ‘rating’ que atribui ao risco da dívida da República Portuguesa para "A-", com perspetiva estável, colocando o país no patamar de notações "A" (A-/A/A+) pela primeira vez desde 2011. 

Na justificação para a sua decisão, a agência destaca a redução da dívida pública e do défice orçamental, o crescimento da economia e a resiliência do seu sistema financeiro, valorizando "o forte compromisso do governo com a consolidação das Finanças Públicas".

Em reação, o ministro das Finanças, afirma: 

"Portugal consegue a melhor avaliação de risco da sua dívida pública em 12 anos. A sucessão de avaliações positivas pelas agências de notação de risco confirma a relevância da estratégia de redução de dívida promovida pelo Governo, visando defender a economia. A recuperação de uma posição entre as economias com menor risco da dívida pública traduz-se em juros mais baixos para as famílias e as empresas portuguesas. A contenção de custos de financiamento é particularmente importante no atual contexto de subida generalizada de taxas de juro."

Esta é também a primeira vez em 12 anos que as duas das principais agências de rating classificam Portugal no patamar das notações "A", que inclui as notações mais elevadas nas escalas das agências de rating, traduzindo assim uma menor perceção de risco da dívida publica nacional. 

A decisão da agência Fitch sucede-se a uma subida de perspetiva pela agência Standard & Poor’s ocorrida já este mês de setembro, que abre caminho a uma subida de notação para o patamar de notações "A" também por esta agência. Isto depois da agência DBRS já o ter feito em julho deste 
ano, classificando a dívida portuguesa em nível "A".

Ratings de nível "A" (A-/A/A+) traduzem-se no acesso do país a um maior número de investidores internacionais que aplicam fundos em dívida de países soberanos de patamares de risco de maior qualidade. Daí decorre um custo mais baixo para o financiamento da República e, logo, menores custos para os contribuintes. 

Na sequência de decisões positivas ao longo de 2023, Portugal é considerado um país que promove a sustentabilidade das finanças públicas através redução do défice orçamental, da melhoria da sua posição de dívida pública e por uma trajetória de crescimento económico sustentável. Este enquadramento explica uma maior resiliência da economia e, por isso, uma redução do risco de crédito do soberano.
Áreas:
Finanças