Plano de Recuperação e Resiliência: apresentados 104 Centros Tecnológicos Especializados

No âmbito da iniciativa Governo mais Próximo no distrito de Braga, realizou-se esta quarta-feira a cerimónia de apresentação dos primeiros 104 Centros Tecnológicos Especializados (CTE), centros distribuídos de norte a sul do país. 

Com um investimento total de cerca de 119 milhões de euros nesta primeira fase do concurso, os CTE integram a Componente das Qualificações e Competências do Plano de Recuperação e Resiliência destinada a modernizar a oferta dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional através de novos equipamentos e instalações. 

Esta aposta nos cursos profissionais das escolas públicas e profissionais promove nos alunos competências profissionais e pessoais mais orientadas para a sustentabilidade e competitividade.

Os primeiros CTE oferecem 68 qualificações vocacionadas para a transição digital e a indústria 4.0, e necessárias à transição energética, sendo enquadradas em 21 áreas de educação e formação, onde se destacam as áreas das:

-Ciências Informáticas;

-Metalurgia e Metalomecânica;

-Eletrónica e Automação;

-Eletricidade e Energia;

-Hotelaria e Restauração;

-Contabilidade e Fiscalidade.

Na cerimónia «Uma agenda PRR transformadora para o ensino profissional em Portugal», que decorreu na Escola Secundária de Caldas das Taipas, em Guimarães, a Presidente do Conselho Diretivo da ANQEP – Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, Filipa Henriques de Jesus realçou que «o investimento de 480 milhões de euros posto à disposição das escolas para modernizar as suas infraestruturas e equipamentos, reflete a aposta do país nestes cursos, tantas vezes marginalizados e considerados uma opção de segunda escolha». 

«O sucesso da execução dos CTE agora aprovados depende, em grande medida, do que localmente, em cada território, os vários intervenientes sejam capazes de fazer. Todos têm um papel determinante não só na boa execução dos centros já aprovados, como também no estímulo à apresentação de boas candidaturas por parte das escolas localizadas em territórios ainda a descoberto», disse ainda.

O Ministro da Educação, João Costa, também presente na cerimónia em que foram assinados os protocolos com as escolas, afirmou que «já não é aceitável o discurso de que o ensino profissional é uma segunda escolha. Inscrever estes centros tecnológicos no Plano de Recuperação e Resiliência é também reconhecer esta virtude do ensino profissional». 

«É inscrever este tipo de ensino numa agenda de valorização do ensino profissional, uma aposta segura que temos vindo a traçar e a dignificar. Hoje sabemos, por várias razões, que o ensino profissional é apenas uma via em paralelo com as outras vias de ensino no secundário. Compete ao Governo apresentar aos alunos esta riqueza de diversidade», disse ainda.

A cerimónia contou ainda com a intervenção de Eduardo Pinheiro, Secretário de Estado do Planeamento, que sublinhou que «a educação e as qualificações são das mais fundamentais áreas do PRR. Com estes novos CTE teremos agora melhores condições nas escolas, para os alunos e professores, bem como para as entidades apoiantes. Melhorar o país é o grande objetivo do Plano».

Na primeira fase, foram apresentadas 311 candidaturas, totalizando 385,7 milhões de euros de valor de investimento solicitado. Atualmente, encontra-se aberta a segunda fase de apresentação de candidaturas, a decorrer até dia 29 de maio de 2023. 

A dotação total prevista para o investimento é de 480 milhões de euros, compreendendo a aquisição de recursos educativos tecnológicos (equipamentos), assim como a modernização e reabilitação das instalações e infraestruturas das escolas, com o objetivo de criar um total de 365 Centros Tecnológicos Especializados até 2026.