Perú tem grande potencial de crescimento para as empresas portuguesas

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, efetuou uma viagem ao Peru, no final da qual salientou o «muito grande potencial de crescimento» identificado pelas empresas portuguesas que operam neste país, bem como «pontos de convergência» com as autoridades peruanas.

Em visita a Lima, por ocasião da abertura da Feira Internacional do Livro de Lima, o Ministro foi recebido, no dia 21 de julho, pelo Presidente da República do Peru, Pedro Castillo. Na reunião, foi reafirmado o excelente estado dos laços que unem Portugal e o Peru, sem esquecer o compromisso para incentivar a promoção da cultura e a aproximação de ambos os países. 

No dia 22, Gomes Cravinho reuniu-se com o seu homólogo peruano, César Landa, tendo debatido assuntos bilaterais, com vista ao reforço do diálogo nas áreas da cultura e da economia, e ainda temas da agenda internacional como a guerra na Ucrânia. 

«Há vários pontos de convergência, como a condenação da invasão russa da Ucrânia. Temos também temas em comum para abordar no âmbito da nossa participação na conferência Ibero-Americana», disse o Ministro português.

Na vertente económica, João Gomes Cravinho reuniu-se com empresas portuguesas: «Temos aqui 15 empresas bem instaladas na economia peruana», apontando o exemplo da Mota-Engil, no país «há três décadas e que tem uma carteira de encomendas muito expressiva». «Todas elas dizem que o potencial de crescimento é muito grande», disse.

O Ministro, que participou na abertura da Feira do Livro de Lima, onde Portugal é convidado de honra, destacou o grande interesse dos peruanos pela literatura portuguesa.

«A inauguração da Feira foi um momento de êxito e de manifestação de grande interesse do público peruano pela literatura portuguesa e pelos autores portugueses, vários dos quais estarão aqui nos próximos dias», disse Gomes Cravinho à agência Lusa. A participação portuguesa centra-se em José Saramago, que será homenageado ao longo do certame.

A comitiva portuguesa à inauguração da feira incluía 12 autores de língua portuguesa, ou associados à sua divulgação, entre os quais Afonso Cruz, David Machado, Jerónimo Pizarro, José Luís Peixoto e Margarida Vale de Gato, bem como o cineasta António-Pedro Vasconcelos e os músicos Marta Pereira da Costa e Pedro Joia.