Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior quer maior aproximação entre o Ensino Superior e a investigação que é feita nas Universidades

A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, referiu a necessidade de maior aproximação entre o Ensino Superior e a investigação que é feita nas Universidades, acrescentando que não pode existir «um divórcio entre elas», mas sim «um casamento». 

«Aproximar as realidades e as estruturas de ensino, de investigação e de relação com a comunidade», é um dos objetivos desta Ministra.

Elvira Fortunato discursava no Encontro Nacional «Universidades: Chave para o Futuro», no âmbito das comemorações dos 50 anos do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), criado na Reforma de Veiga Simão, que decorreu em Lisboa. Durante a sua intervenção, a Ministra salientou que, no que se refere ao ensino superior, o encontro serviu «para evocarmos momentos-chave do desenvolvimento do Ensino Superior português e o papel que tem desempenhado na transformação da própria sociedade». 

  

A Ministra acrescentou que é objetivo da sua área governativa continuar a desenvolver esforços para «proporcionar a todos os cidadãos o acesso equitativo à Educação e ao Conhecimento», pois este «continua a ser um valor absoluto e de transcendente importância em Portugal em 2022».  

 

Elvira Fortunato reafirmou o compromisso para com o Ensino Superior e com a Ciência, que implica «renovar os objetivos, atualizar os instrumentos e repensar os modos de concretização destes grandes objetivos num tempo diferente e para um País (também ele, muito diferente)» daquele em que a reforma Veiga Simão foi realizada, elencando algumas das principais prioridades para a área que tutela:

 

- Promover a equidade no ensino superior, seja ao nível do acesso, seja ao nível do percurso dos estudantes, seja ainda nas oportunidades que existem para os diplomados;

- Garantir a qualidade do Ensino Superior e promover o sucesso académico a todos os estudantes independentemente das suas origens socioeconómicas e geográficas;

- Tornar apelativo o Ensino Superior a uma base mais alargada de públicos, nomeadamente jovens adultos e ativos interessados em qualificação, requalificação e formação ao longo da vida;

- Promover a diversidade do sistema de ensino superior, marca indelével da reforma Veiga Simão;

- Fortalecer a relação entre o ensino superior e as comunidades que estas almejam servir;

- Promover uma relação de confiança com as instituições de ensino superior, valorizando a estabilidade, a previsibilidade e a transparência da regulação do sistema de ensino superior;

- Aumentar o investimento no Ensino Superior e na Ciência para patamares compatíveis com o grau de desenvolvimento que ambicionamos; 

- Promover a atratividade da carreira e valorizar as condições de todos aqueles que fazem as instituições de ensino superior, pois esse é um pilar fundamental para termos instituições dinâmicas, participadas e autónomas;

- Valorizar a transversalidade do conhecimento nas missões do ensino superior, sobrepondo-se a barreiras organizacionais ou disciplinares.

A Ministra frisou ainda que «estes objetivos explicitam muito da visão, das prioridades, da atenção e do trabalho da atual equipa do MCTES», referindo-se aos «cinquenta anos depois da criação do ISCTE e da Reforma Veiga Simão, os desafios da democratização do ensino superior mantêm-se, com novas e complexas configurações».

 

Neste encontro - onde participou também o Secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira - Elvira Fortunaro disse que «o percurso deste meio século mostra o muito que conseguimos fazer, sendo também promessa auspiciosa do muito que poderemos fazer, para assim promover o conhecimento, servir a sociedade e continuar a transformar o País». 

  

O Encontro Nacional «Universidades: Chave para o Futuro» foi uma organização do ISCTE-IUL, em parceria com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), com a Comissão dos 50 anos do 25 de Abril e a RTP.