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2023-03-01 às 18h19

Metro de superfície Loulé-Faro-Olhão vai «potenciar a base económica de toda a região»

Primeiro-Ministro António Costa e Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, com o presidente da Câmara de Olhão, 1 março 2023 (foto: Luís Forra/Lusa)
O metro de superfície entre as cidades algarvias de Olhão, Faro e Loulé terá 38 km de extensão e beneficiará 185 mil pessoas, cerca de 40% da população do Algarve, segundo o estudo preliminar apresentado na presença do Primeiro-Ministro António Costa e da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, em Olhão.

«Este é um projeto verdadeiramente estruturante da articulação entre três concelhos que, sendo vizinhos, estão na prática a uma enorme distância se não estiverem devidamente articulados», disse o Primeiro-Ministro na sessão incluída na iniciativa Governo Mais Próximo no distrito de Faro, que decorre a 1 e 2 de março.

O metro ligeiro entre Olhão, Faro e Loulé terá 24 paragens e um traçado que fará com que 70 mil residentes (dos 185 mil que beneficiará) fiquem a menos a 600 metros de uma paragem, e poderá transportar cerca de 40 mil viajantes por dia.

As tabelas preliminares de custo total do projeto aponta para 300 milhões de euros, quer a solução seja veículos elétricos, quer seja veículos a hidrogénio.

António Costa afirmou que, ao financiar este projeto, o Governo ajuda «a potenciar a base económica de toda a região», acrescentando que o investimento deverá de ser feito durante o período de programação de fundos estruturais que termina em 2030.

A futura linha irá passar por três estações ferroviárias (Parque das Cidades, Bom João e Olhão) para ligação à linha ferroviária do Algarve (Vila Real de Santo António-Lagos) e equipamentos como o Aeroporto Humberto Delgado (nove milhões de passageiros, cinco mil trabalhadores) e o polo de Gambelas da Universidade do Algarve (5,3 mil estudantes).

«Sei bem que nem sempre é fácil os concelhos entenderem-se para trabalhar em conjunto, sobretudo num projeto que não serve especificamente qualquer deles, mas que só faz total sentido servindo os três em conjunto», sublinhou o Primeiro-Ministro.

O estudo, feito pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve prevê ainda eventuais extensões da linha a Albufeira e à Fuzeta (Olhão).